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Surto em Tóquio #13: qual o papel do jornalismo na cobertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020?


Bom dia pessoal. Aqui já é fim de tarde do Japão e eu "perdi" um dia porque as últimas horas foram corridas. As últimas 24 horas foram cheias, com a abertura da Missão Tóquio no Time Brasil, na manhã brasileira e noite japonesa, e uma super live apresentando parte da equipe do Surto Olímpico. Não só a live do COB, e a repercussão, mas novos avisos e formulários que recebi nesta manhã japonesa me fizeram pensar na responsabilidade que carregamos aqui como jornalistas e representantes do Brasil na Tóquio 2020.

Ontem, um momento que me pegou foi a fala emocionada de Jorge Bichara, diretor de esportes do COB, ao lembrar que além todo o cuidado e prevenção contra covid-19 é necessário, mas não podemos esquecer de toda preparação esportiva que está rolando há anos para trazer o melhor desempenho olímpico da história do Brasil. Particularmente, não vejo a hora das pautas esportivas substituírem de vez as de covid-19, mas infelizmente não vai ser desta vez ainda.

É importante para nós, jornalistas e repórteres aqui de Tóquio levar todas as notícias ao Brasil, reportar, questionar responsáveis, apresentar incongruências, mas sempre com uma responsabilidade de não distorcer fatos. Quando falamos que um nadador teve seu teste positivo, Nathan Raileanu lembrou dos protocolos para deixar claro que enquanto sim, um teste veio positivo, um surto de covid-19 na bolha olímpica está longe de cogitação, pois todo o protocolo foi posto em prova para proteger contaminação.

Ontem mesmo, ao noticiar os casos de covid-19 em funcionários do hotel que a delegação do judô brasileiro está, deixamos claro que esse caso gera atenção, mas não preocupa porque todos os testes diários dos atletas e brasileiros segue negativo, assim como novos exames dos funcionários, já recuperados do novo coronavírus.

Longe de nós fazer isso para livrar a barra do COB ou do Time Brasil ou do Comitê Organizador de Tóquio 2020. Ou mesmo fingir que está tudo bem e a pandemia acabou. Mas numa Era em que cada vez mais gente se informa por títulos de manchetes e tuítes que viralizam, é fundamental ter controle da própria matéria, e do conteúdo que produzimos, do título aos detalhes. Se cada vez mais é comum uma compreensão errada ou ler coisa que não está escrito na correria, o nosso papel de revisar, informar corretamente e não iniciar ou espalhar desinformação é cada vez mais fundamental.



Num tom mais leve, esta terça-feira 13 marcou a abertura oficial do Centro de Imprensa, incluindo a super aguardada lojinha. Também finalmente comi o que parece ser uma enguia num restaurante aqui e gostei muito. O ponto negativo continua sendo o transporte de hotel para o centro de imprensa que não conta com horários claros e específicos. Hoje mesmo, esperamos quase duas horas para pegar o ônibus. Ainda bem que depois do fim de nossa quarentena de 14 dias, poderemos usar o famoso e confiável transporte público japonês.

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