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Surto em Tóquio #11: depois da tempestade, é dia de revelar as primeiras previsões com os Jogos já no horizonte


Boa noite, Brasil! Faz uma semana que embarcamos de São Paulo!! Como o tempo passa rápido. O primeiro domingo no Japão, dia 11, foi passado quase que integralmente no Centro de Imprensa, onde pudemos explorar um pouco mais esse grande espaço onde devemos passar boa parte destes dias pré-competição organizando as pautas. É de lá que devem chegar as principais notícias para imprensa (quando não forem online, claro) e de lá poderemos acompanhar a Sessão do COI por exemplo que acontece na véspera da Abertura.


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Nestes dias tenho aproveitado para adiantar umas pautas especiais, fazer minha programação dos Jogos e também terminar minha colaboração com o super Guia Olímpico que estamos preparando (fiquem de olho!!) e também uma mega previsão de todas as medalhas dos 339 eventos em disputa em Tóquio. Neste domingo fez bastante sol pela manhã, mas quando finalmente fomos aproveitar um tempo no terraço a tarde, o tempo fechou. Que as Olimpíadas sejam leves!


Ainda preciso acertar alguns detalhes por conta de seletivas olímpicas dos primeiros esportes em que trabalhei. No tênis, por exemplo, Rafael Nadal medalhava em simples e duplas, assim como Dominic Thiem seria bronze - isso, claro, fiz ainda em março pós-Aberto da Austrália.


O ciclista francês Julian Alaphilippe, a nadadora russa Yuliya Yefimova e o carateca iraniano Bahman Asgari, são alguns nomes que estavam aqui e acabaram de sair, mas ainda preciso dar uma checada final. Outro desafio é a medida que os cabeças de chave são revelados, checar se não tem alguma final impossível de acontecer, como entre cabeça 1 e 4 do judô que se encontram pelo menos na semifinal. Erros são quase impossíveis em 1079 medalhas, mas é preciso muito trabalho para minimizá-los.

Intervalo para curtir a vista e o sol do terraço do Centro de Imprensa... - Foto: Giovana Pinheiro



Dos destaques que já posso adiantar: EUA deve ganhar fácil a edição, a princípio com 45 ouros - 17 no atletismo - e 123 no total, seguidos da China, com Rússia - talvez competindo tanto como Comitê Olímpico Russo e Atletas Neutros Autorizados - e Japão disputando o terceiro lugar. A Grã-Bretanha teve um ciclo ruim na Rio 2016 mas fez bonito, então não me surpreenderia.

 


Como Rússia oficialmente não competirá com a sigla RUS, deve ser ultrapassada por Austrália, Suécia e Japão. Japão, inclusive, tem tudo para pular de 13º para 9º lugar e Austrália subir do 11º para 10º, tirando Rússia e a Alemanha Oriental do top10. Entre números redondos, olho para a centésima medalha da Turquia (que tem 91 e pode ir para 107), centésima medalha de ouro dos Países Baixos (que tem 85 e pode pular para 105) e Coreia do Sul (com 90, indo para 100). Alemanha com 191 medalhas deve ultrapassar com folga os 200 ouros.

 


Dentre os destaques mais notáveis em relação a Rio 2016 a partir da minha projeção, Países Baixos podendo ter disparada sua melhor campanha, com 20 ouros e 48 medalhas, Nova Zelândia com grandes chances de bater o recorde de oito ouros de Los Angeles 1984 e a Índia que só ganhou 9 ouros na sua história, podendo até dobrar esse número. Na minha previsão, agora, eles estão com 5 ouros e 14 medalhas. O recorde de pódios é de Londres 2012 com 6. No Rio, por exemplo, foram apenas dois.


Muitos feitos históricos vão sim acontecer em Tóquio. Filipinas pode finalmente levar a primeira medalha de ouro depois de três pratas e sete bronzes. O Surto Olímpico está preparando uma matéria super especial sobre isso, conversando com especialistas do país. Namíbia que buscava o primeiro ouro, foi violentamente cortada da disputa. Malásia que é o país com mais medalhas sem ouros - sete pratas e quatro bronzes -, deve prolongar em mais três anos o jejum. Quirguistão é outro país com chances de finalmente levar seu ouro. Burkina Faso, Turcomenistão, Ilhas Virgens Britânicas e Honduras podem subir pela primeira vez ao pódio olímpico.



E o Brasil? Peço desculpas se talvez esteja sendo muito pessimista ou pé no chão, mas prevejo um desempenho similar ao da Rio 2016 em medalhas, com 19. Na minha lista atual, são três ouros, oito pratas e oito bronzes, mas claro que muitas dessas 16 medalhas podem sim virar ouro, enquanto outros nomes ficaram ali no bolo mas não entraram no pódio. Espero estar muito errado!!


A parte ruim é que devemos continuar em 35º no quadro geral de medalhas, ainda atrás do Quênia. Com esses 3 ouros iriamos para 33, 44 pratas e 71 bronzes, 148 medalhas no total, e Quênia na minha previsão pula de 31 para 36. A Grécia em 33º leva um ouro e uma parata e vai para 34 ouros, 44 pratas e 40 bronzes.



Agora quer saber algo divertido? Adivinha quem é o único campeão olímpico grego na minha brincadeira? Claro que ele, Eleftherios Petrounias. E o nosso Arthur Zanetti é prata. Ou seja, se Zanetti levar o ouro, passamos a Grécia e vamos para 34 e deixamos ele nos 33. Agora, vai que Zanetti nem precisa ser ouro, pode seguir na prata, mas Petrounias é bronze. Daí empataríamos com o país fundador em ouro e prata (33-44), mas dando um banho de bronze (71 a 41). Sou mais Copacabana do que Mykonos, e vocês?? Mas, é claro que isso é só brincadeira e previsão. A Olimpíada mesmo, depois de uma tempestade não vista no mundo olímpico há pelo menos 36 anos, já está no horizonte firme e forte!!

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