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Quatro anos da Rio 2016: Alison/Bruno Schmidt, das areias douradas de Copacabana a caminhos diferentes na busca pelo bicampeonato olímpico

Alison e Bruno Schmidt com a medalha de ouro no pódio do vôlei de praia da Rio 2016

O Surto Olímpico segue com a saga de contar o ciclo das medalhas olímpicas do Brasil na Rio 2016. Hoje, a história a ser contada começa no dia 18/08/2016 e termina já na madrugada do dia 19. O palco? A praia mais famosa do mundo, a Praia de Copacabana. Os protagonistas Alison e Bruno Schmidt são os atores do ouro no vôlei de praia.


"Confirmam favoritismo". Foi com essa frase que o Marcos Antônio escreveu o título da matéria em 19/09/2016, a que falava do ouro olímpico da dupla. E ele não mentiu, os brasileiros eram sim favoritos ao ouro, o que não quer dizer que tenha sido fácil bater Nicolai e Lupo (ITA) na final carioca.


Ao baterem os italianos, os brasileiros quebravam um jejum de 12 anos sem ouro do Brasil no vôlei de praia. Mamute e o Mágico, como eles são conhecidos, brilharam para virar a partida em alguns momentos e sair com o título embaixo de muita chuva no Rio de Janeiro. Os detalhes do ouro você encontra aqui.


Passado a ressaca do ouro olímpico e para fechar o ano de 2016 com grande estilo, os campeões olímpico venceram o "Finals", a principal etapa do Circuito Mundial e comemoraram o prêmio de melhor jogador do mundo para Bruno Schmidt, eleito pela Federação Internacional de Voleibol (FIVB).


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Mudança de resultados


Nove meses após o título, em maio de 2017, lá estavam Alison/Bruno conquistando novamente o ouro nas areias do Rio de Janeiro, ao conquistarem a etapa do Circuito Mundial. Em julho, pouco antes do Mundial, um bronze na etapa de Porec (CRO), relatada pelo Surto Olímpico


No Campeonato Mundial na Áustria, o resultado não foi nada favorável para Mamute e Mágico, eliminados ainda nas oitavas da competição. Nós relatamos a competição, vencida por outra dupla brasileira: André/Evandro.


Alison e Bruno Schmidt na final do vôlei de praia dos Jogos Olímpicos Rio 2016
O ano de 2018 foi marcado pelo fim de uma dupla campeã mundial e olímpica - Foto: Danilo Borges/Brasil2016

2018 e a troca de duplas


Os resultados ruins começavam a aparecer após início avassalador em 2017. Em março de 2018, os brasileiros ficaram fora do pódio na primeira etapa disputada no ano. Mas mesmo retornando a medalhar em abril, em etapa na China, a dupla já não apresentava os mesmos resultados. Nos EUA, um 17º lugar foi a gota d'água da dupla que via Evandro e André conquistarem etapas do Circuito Mundial.


Após torneio de Itapema (SC), no Brasil, Alison e Bruno anunciaram o término da vitoriosa dupla. O final da dupla movimentou o vôlei de praia brasileiro. Bruno foi se juntar a Pedro Solberg, com quem já havia jogado, enquanto Alison formou parceria com André Stein, que vinha em ótima fase com Evandro, ganhando - inclusive - o título em Itapema. Evandro ficou chateado com o desfecho, mas essa não seria as mudanças definitivas.


Como Daniel Barbosa lembrou no Surto Recapitula de maio, “o ciclo olímpico foi de muitas mudanças e tem sido de muita instabilidade entre as duplas brasileiras masculinas”.


Novas mudanças e começo de resultados favoráveis 


Evandro e Bruno Schmidt na etapa cinco estrelas de Gstaad (SWI) do Circuito Mundial de vôlei de praia em 2019
Evandro e Bruno Schmidt na etapa de Gstaad do Circuito Mundial - Foto: Divugação/FIVB

Nos torneios seguintes o que se viu foram mais resultados muito ruins de duplas do Brasil e novas trocas. Em fevereiro de 2019, Bruno Schmidt se juntou a Evandro e já venceram a etapa de Fortaleza (CE) do Circuito Brasileiro.


Por outro lado, Alison mantinha sua parceria com André, mas por pouco tempo. Em março de 2019, Alison fechava com Álvaro Filho quando a corrida olímpica teve início.


Durante 2019, Alison e Alvaro Filho venceram em Kuala Lumpur, em maio,  Espinhos, em julho, e na etapa de Cuiabá em outubro. Além disso, ficaram com o vice em Viena e em Moscou, além do quarto lugar em Tóquio.


Por outro lado, Evandro e Bruno venceram em junho a etapa de Varsóvia (POL), após derrota para Mol/Sorum (NOR) em etapa de Jinjiang (CHN), em maio. Um outro resultado de destaque foi o bronze em Gstaad (SUI).


No mundial veio o baque para o vôlei de praia brasileiro. Alison e Álvaro Filho caíram nas oitavas para os alemães Thole e Wickler e Bruno e Evandro foram surpreendidos também nas oitavas pelos norte-americanos Allen e Slick.


Depois do mundial o campeões olímpicos focaram a atenção em um ano a Tóquio e falaram de suas expectativas em parceria com um patrocinador.


Ainda teve disputa em 2019, mas os brasileiros não tiveram bom desempenho no Finals do Circuito Mundial de Vôlei de Praia, em Roma, Evandro e Bruno ficaram em quinto, garantindo vantagem diante de André e George. Alison e Álvaro Filho ficaram pela repescagem mas seguiram como melhor dupla brasileira na competição.


Após o Finals, a FIVB divulgou o novo ranking mundial, com Alison e Alvaro Filho como os melhores brasileiros, com a terceira colocação. Evandro e Bruno Schmidt apareciam em sexto.


No mês seguinte, em 16 de outubro de 2019, a CBV confirmou o sonho de um bicampeonato olímpico para Alison e Bruno, mas com novos parceiros. Eles ainda comentaram sobre diferenças e semelhanças com a vaga conquistada antecipadamente para os Jogos do Rio, em coletiva de imprensa na sede da CBV.


Alison e Álvaro Filho na etapa de Gstaad do Circuito Mundial de vôlei de praia
Alison e Álvaro Filho são a dupla número 4 do ranking olímpico - Foto: Divulgação/FIVB

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Vaga assegurada e o baque da pandemia


Em fevereiro, as duplas ainda não haviam atuado em 2020, por conta de uma forte pré-temporada visando apagar os maus resultados em 2019. Na última competição já em tempos de pandemia, Evandro e Bruno Schmidt ficaram com a quarta posição no torneio de Doha (QAT). A disputa do bronze foi no dia 13 de março, mesma data em que o revezamento da tocha olímpica foi cancelado na Grécia e o mundo se preparava para um adiamento iminente.


Ainda em março, as duplas brasileiras concordaram com o adiamento dos Jogos, como relatou Wesley Felix. O Mamute ainda declarou que "foi a decisão mais sensata por tudo isso que o mundo vem passando, e nosso país também. Não estava conseguindo treinar mais, preocupado e com medo de pegar esse vírus"


Já Evandro declarou que levar Bruno Schmidt ao seu segundo ouro "me faria mais feliz do que conseguir o meu primeiro". Como Wesley lembrou, se qualquer um dos brasileiros levar o ouro será o primeiro bicampeonato olímpico no vôlei de praia masculino.


Agora, Evandro/Bruno Schmidt e Alison/Álvaro Filho têm a missão, separados, de chegarem novamente ao topo das Olimpíadas. A data do recomeço já existe: agosto de 2021.


Foto: Danilo Borges/Brasil2016


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