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“Olimpíada dos Sonhos” - Rafael Macedo é prata, Wild derrota Djokovic e Brasil faz 8x1 na Alemanha no 5º dia


Com colaboração de Wesley Felix

Vamos fazer um dia-a-dia dos Jogos Olímpicos de 2020 como se eles tivessem acontecendo agora (estamos um dia atrasado ainda). Ou seja, não tem coronavírus (ou teve, mas acabou rápido)! Mas como é para fantasiar, por que não sonhar alto? Vamos ter uma tendência declarada a pensar nos melhores resultados possíveis - e imaginários - para os brasileiros. 

Antes de mais nada, é uma brincadeira fantasiosa, mas os resultados são baseados nos verdadeiros potenciais dos atletas e em resultados alcançados em outras competições. E algumas escolhas duras tiveram que ser feitas especialmente para selecionar o “Time Brasil”! Ah e para homenagear os japoneses que estão recebendo tão bem a equipe do Surto Olímpico, os nomes japoneses serão escritos da maneira correta (sobrenome antes do nome).

Venham conosco e esperamos que tudo torne-se realidade em 2021!


Quarta-feira, 29 de julho de 2020

Nesta quarta-feira, quinto dia dos Jogos Olímpicos de Tóquio, veio apenas uma medalha para o Brasil, com a primeira final do judô masculino no Budokan com Rafael Macedo. Alcançamos pela primeira vez na história a marca de 20 medalhas. No entanto, já temos 21 garantidas, pois Jucielen Romeu está na semi da categoria até 57kg do boxe. Até agora, são 4 ouros, 7 pratas e 9 bronzes para o Time Brasil.

Em compensação pela falta de mais pódios, tivemos grandes vitórias no dia, em especial a de Thiago Wild diante do vencedor de 17 Grand Slams e número 2 do mundo, Novak Djokovic; a de Bruno Soares e Marcelo Melo sobre os irmãos Bryan, e a de Hugo Calderano, garantido na semifinal do tênis de mesa. A tempestade brasileira segue firme no surfe e Caio Souza e Diogo Soares fizeram bonito no individual-geral da ginástica artística.

O handebol masculino continua deixando os brasileiros sonharem, enquanto o vôlei masculino conheceu a primeira derrota. A gente jura que não liga muito para futebol nas Olimpíadas, mas… como não se orgulhar de uma goleada de 8 a 1 sobre a Alemanha? Vamos ao resumo desta Quarta-Feira, 29 de julho de 2020, em Tóquio!

Primeira final do judô masculino e tem brasileira campeã no feminino, mas...
Com as seis medalhas já conquistadas pelo judô nos quatro primeiros dias, poderíamos dizer que Rafael Macedo chegou sem pressão. E pegou, até agora, a chave mais difícil de qualquer brasileiro, na categoria até 90kg. Talvez inspirado pelos seus companheiros, fez uma campanha impressionante que culminou com a medalha de prata olímpica.

O dia começou com uma vitória sobre Eduard Trippel, conseguindo um ippon no minuto final do combate, pressionado pelos dois shidôs que havia recebido. Em seguida, uma parada dura diante do turco Mihael Zgank, campeão europeu em 2019 e prata mundial de 2017. 

Zgank quase aplicou um ippon ainda no primeiro minuto de luta, mas Macedo conseguiu se salvar a tempo, levando apenas um waza-ari. Correndo atrás novamente do placar, o brasileiro conseguiu reverter a pontuação e empatou o combate no minuto final. Com um shidô de cada lado, a punição ao europeu no golden score foi determinante para o brasileiro passar às quartas-de-final.

Nas quartas, encarou espanhol Nikoloz Sherazadishvili, campeão mundial em 2018 e número 1 do mundo. Nascido na Geórgia, onde morou até os 14 anos, o espanhol era franco favorito, mas foi surpreendido por um lindo uchi-mata convertido em ippon ainda no início da luta. 

Já na sessão vespertina, Macedo continuou com o embalo ao encarar Lascha Bekauri, campeão juvenil e do Masters adulto em 2019. Depois de dois minutos de muita observação de ambos os lados, o georgiano foi surpreendido com um sumi-gaeshi perfeito que garantiu a vaga no pódio a Macedo.

Na final, ele encaixou um golpe e os árbitros se reuniram para checar no vídeo. Macedo parecia confiante na vitória, mas a expectativa por um ippon não se concretizou e os judocas voltaram ao tatame. Logo em seguida, o neerlandês Noël van 't End aplicou um ippon no brasileiro. O campeão mundial de 2019 garantiu seu domínio dos meio-pesados com a consagração olímpica.

De qualquer maneira, Rafael Macedo comemorou muito sua medalha de prata, emocionando a todos por sua declaração sentimental nas entrevistas pós-cerimônia. Mukai Shōichirō, do Japão, e Marcus Nyman, da Suécia, completaram o pódio. 

Representando o judô feminino nos meios-pesados, Maria Portela também teve que enfrentar uma chave bem difícil. Logo no primeiro confronto, uma velha rival: Yuri Alvear, três vezes campeã mundial, prata na Rio 2016 e bronze em Londres 2012.

Um confronto aguerrido como não poderia ser diferente, viu Portela surpreender a colombiana com um waza-ari no golden score. Nas oitavas de final, um ippon diante de Michaela Pollers, da Áustria, garantiu um confronto quase brasileiro nas quartas, com Bárbara Timo, representante de Portugal.

Portela começou mais aguerrida, mas não conseguiu transferir sua força em golpes e o confronto acabou indo para o golden score, onde Timo fez um trabalho de chão ótimo e conseguiu a imobilização, a caminho da semi.

Restou para a brasileira a repescagem, mas também não teve sorte, pois do outro lado estava a francesa Marie-Ève Gahié, campeã mundial em 2019 e que venceu a brasileira a caminho de sua primeira medalha olímpica. Bárbara Timo, atual vice-campeã mundial, derrotou na decisão a japonesa Arai Chizuru, levando o primeiro ouro de Portugal em Tóquio e primeira conquista desde Pequim. 

Apesar do sucesso em várias modalidades, a imprensa japonesa mostra-se revoltada com os resultados do judô em Tóquio 2020. O hino nacional só foi tocado uma vez nos cinco primeiros dias de combate no Nippon Buddokan, com Ono Shohei, ouro nos 73kg.


Brasil se vinga da Alemanha no futebol com goleada histórica 
Assim como o time feminino, a seleção masculina de futebol finalmente desencantou. A classificação, que parecia estar perdida, veio de forma que nem o mais otimista dos torcedores imaginava: com uma vitória de 8 a 1 sobre a Alemanha, praticamente se vingando do resultado da Copa do Mundo de 2014. O sonho do bicampeonato olímpico segue vivo.

O jogo começou logo com um gol da Alemanha aos 5 minutos de jogo, no que pareceria ser um início de um fim melancólico para o Brasil. O time nacional já havia empatado com a Austrália por 1 a 1 e perdeu para o Egito por 2 a 0. Liderados pelo chute certeiro de Neymar, que marcou aos 12, 20 e 34 minutos, o Brasil virou e passou a se soltar mais em campo, marcando 4 a 1 antes do intervalo, com gol de Matheus Cunha.

Neymar comemora o gol da virada diante da Alemanha. - Foto: Reuters

Com a vantagem assegurada, o time se segurou mais e chegou a poupar Neymar e Cunha já para a segunda fase. Com a Alemanha indo para o tudo ou nada, o Brasil conseguiu defender bem e aproveitava bem as chances de contra-ataque ampliando com Reinier (24’), Pepê (30’) e Antony (35’) para chegar na icônica marca de 7 a 1. 

Já com dois minutos de acréscimo, Guga pegou a bola ainda do início do campo e foi avançando, driblando três alemães até finalmente chutar ao gol e protagonizar um dos momentos mais bonitos do futebol em Tóquio de 2020, sacramentando a goleada brasileira: 8 a 1 sobre a Alemanha e a classificação como segundo lugar no grupo, atrás do Egito, que liderado por Salah, venceu a Austrália por 3 a 0. Alemanha, medalhista de prata em 2016, foi eliminada.


Vôlei perde para Rússia, mas handebol segue invicto
Depois de duas vitórias, o time brasileiro de vôlei masculino conheceu seu primeiro revés, em uma derrota por sets diretos para o time russo, por parciais de 25-20, 25-17 e 25-15. A Rússia ainda não perdeu sets na competição e o Brasil enfrenta os EUA, que está em posição complicada após perder para a França e a mesma Rússia.

Já na praia, só Ana Patrícia e Rebecca representaram o Brasil nesta quarta-feira e continuam com a boa fase ao vencer a dupla dos Países Baixos formada por Sanne Keizer e Madelein Meppelink em sets diretos, com parciais de 21-18 e 21-16. Foram duas vitórias em sets diretos.

A seleção de handebol masculino permaneceu invicta ao derrotar o Egito por 28 a 21 e segue na liderança disparada com 6 pontos. Dinamarca e Alemanha, com 5 pontos, serão os próximos adversários, mas o Brasil já garantiu sua vaga para as quartas de final.


Wild conquista maior vitória e Brasil conquista 4 vagas nas quartas do tênis
Thiago Wild encarou um grande desafio e teve a maior vitória de sua carreira diante do sérvio Novak Djokovic e cabeça 2, com duplo 7-5. Nas duplas, Wild caiu ao lado de Marcelo Demoliner, enquanto Marcelo Melo segue com dupla chance de medalha, com Bruno Soares no masculino, e Luisa Stefani nas mistas.

No primeiro jogo do dia, os espectadores da quadra central do Parque de Tênis Ariake superaram o dia de maior calor na capital japonesa para acompanhar um dos melhores jogos do ano,  envolvendo o sérvio Novak Djokovic e a grande promessa brasileira - que vai se tornando realidade - Thiago Wild. 

O primeiro set foi parelho, até o momento em que o brasileiro sacava em 4-5. Uma winner de direita, dupla falta e erro não-forçado levou a 0-40 e três set points, em que parecia que o mental do sérvio e campeão de 17 Grand Slams selaria o primeiro jogo e encaminharia a vitória. Mas dois aces e uma bola na paralela perfeita na linha salvaram Wild no game. Em seguida, Wild conseguiu salvar um game point e quebrou o saque do sérvio, vencendo o primeiro set sem perder pontos.


Thiago Wild chora após maior vitória de sua carreira - Foto: Revista Tênis

Wild iniciou o segundo set quebrando de cara o número 2 do mundo e liderando com 2 a 0 e 15-40  para uma nova quebra que provavelmente selaria o jogo. Mas aí foi a vez de Djokovic dar o troco pelo primeiro set: Wild teve 40-15, com dois match points em 5-4 e fez dois erros não-forçados para permitir que Djokovic vencesse o único break-point que teve na segunda parcial.

Porém, o paranaense de 20 anos não desanimou e salvou um game point para quebrar novamente o sérvio e enfim fechar a vitória com um ace na parcial seguinte. Duplo 7-5 com 48 winners e 37 erros não-forçados, mostrando que o brasileiro foi mesmo para o tudo ou nada. Nas quartas-de-final, ele enfrenta o veterano francês Gilles Simon, número 13 do mundo e que vem embalado do vice-campeonato de Roland Garros.

Em duplas, Marcelo Melo e Bruno Soares conseguiram se recuperar depois de um início insosso em que perderam nove games seguidos para os irmãos Bryan e venceram por 0-6, 7-6 (4), 7-5. A dupla campeã de Londres 2012 e medalhistas de bronze em Pequim 2008 e Winnipeg 1999 e considerada uma das melhores parcerias de todos os tempos já anunciou que será o último ano em circuito.

Algumas horas depois, Melo voltou e manteve o embalo desta vez em parceria com Luisa Stefani. A dupla mista brasileira venceu Stefano Tsitsipas e Maria Sakkari por 6-3, 6-2 e enfrentam já nas quartas-de-final os espanhóis Rafael Nadal e Garbiñe Muguruza, cabeças-de-chave número 3.

Animado pela vitória em simples, Wild voltou à quadra junto a Marcelo Demoliner, mas a dupla colombiana formada por Robert Farah e Juan Sebástian Cabal fez jus ao seu favoritismo e venceu por 2 sets a 0, com parciais de 6-3 e 6-2.

Calderano conquista vaga na semi e fãs no Japão
O sonho da medalha olímpica inédita no tênis de mesa deu mais um passo com a vitória com autoridade do brasileiro Hugo Calderano por 4 sets a 0 diante de Liam Pitchford, da Grã-Bretanha. O brasileiro começou a todo vapor, vencendo as primeiras parciais por 11 a 3 e 11 a 4. 

O inglês chegou a equilibrar o terceiro set, mas Calderano teve sangue frio para salvar 3 set-points e vencer a terceira parcial por 13-11. O quarto set seguiu equilibrado, até o momento final, quando Hugo fez 5 pontos seguidos, e sacramentou a vitória por 11-8. 

O ‘thrill from brazil’ fez a festa da barulhenta torcida brasileira e dos fãs japoneses que estão adotando Calderano como um dos atletas estrangeiros favoritos. A parada na semifinal será duríssima diante de Ma Long, dono de três medalhas de ouro em Jogos Olímpicos e 12 títulos mundiais e atual campeão olímpico e mundial.

Do outro lado da chave, destaque para o japonês Harimoto Tomokazu, de 17 anos, que ainda não perdeu sets. Ele enfrenta na semifinal a sensação do torneio, o nigeriano Quadri Aruna, responsável pela vitória chocante sobre o chinês número 1 do mundo Fan Zhendong. 

Desde 2008, o tênis de mesa masculino só via final chinesa em Olimpíadas e a última derrota de um chinês para um não chinês foi em 2004. Com Calderano e Aruna na semi, será a primeira vez que um atleta de fora da Ásia ou Europa chegará no pódio olímpico. 


Tempestade brasileira segue a todo vapor na praia de Shida
Os brasileiros tiveram ótimas ondas e conseguiram superar as oitavas de final da competição de surfe e todos quatro seguem em busca de medalha. O destaque ficou por conta de Silvana Lima que teve um dia quase perfeito para vencer a australiana Sally Fitzgibbons por 15.39 a 14.38. Tatiana Weston-Webb venceu a chilena Lorena Fica em placar de 10.30 a 8.39.

Parte da Tempestade Brasileira no Japão, Tatiana Weston-Webb e Silvana Lima - Foto: CBSurfe

No masculino, Ítalo Ferreira, campeão mundial em 2019 venceu o português Frederico Morais por por 12.02 a 4.20 na soma das duas melhores ondas ondas. Gabriel Medina, campeão mundial em 2014 e 2018 venceu o sul-africano Jordy Flores por 13.01 a 11.48. Conquistando duas ondas ótimas logo no início, ele ficou observando Flores que nem com seu 8.51 ao final conseguiu reverter a larga vantagem.

Ítalo agora encara o onze vezes campeão mundial Kelly Slater, que herdou uma das vagas do time norte-americano após Kolohe Andino desistir por receio do surto do novo cororavírus que atingiu o leste asiático no início do ano, mas se mantém controlado não causando nenhum risco a realização das Olimpíadas. Cabe lembrar que o Japão não registra casos da COVID-19 há dois meses.

Muitos acusam Andino de preferir o lucrativo circuito de verão norte-americano recém lançado, assim como tenistas e golfistas usaram a zika para não comparecer a Rio 2016 e a ida de Slater está sendo celebrada pela mídia, sendo o veterano da Flórida um dos queridinhos das redes sociais. Ítalo será capaz de encerrar o sonho olímpico dele?

Gabriel Medina tem um outro confronto difícil diante do japonês Kanoa Igarashi. Ítalo e Gabriel estão do lado oposto da chave, e podem se enfrentar na grande final. Na disputa feminina, Weston-Webb e Lima podem garantir uma brasileira na final se passarem pelas quartas, já que se enfrentariam na semi: Lima enfrenta agora a costa-riquenha Brisa Hennessy nas quartas, enquanto Tatiana desafia a norte-americana Caroline Marks.


Argentina surpreende Ledecky e Chierighini está na final dos 100m livre
Na final dos 200m borboleta, Leonardo de Deus terminou em quinto lugar, enquanto Luiz Altamir Melo terminou em sétimo lugar, ambos fazendo suas melhores marcas. Leonardo bateu em 1:54.70, melhor marca brasileira desde os tempos feitos com traje por Kaio Márcio em Pequim 2008 e Roma 2009, enquanto Altamir foi exato um segundo mais lento, com 1:55.70.

O revezamento 4x200 brasileiro fez um bom papel e terminou em sexto lugar. Breno Correia, João de Lucca e Luiz Altamir Melo e Fernando Scheffer fizeram 7:06.42, novo recorde sul-americano.

Na final dos 200m livre, Manuella Lyrio terminou em oitavo lugar com 1:57.30, um pouco abaixo do novo recorde sul-americano de 1:57.15 alcançado ontem. Viviane Jungblut, que foi à final dos 1.500m livres após decisão técnica - ela terminou empatada com uma atleta de Liechtenstein - melhorou ainda mais seu recorde brasileiro e bateu em 16:08.30 na estreia da prova no programa olímpico.

O destaque ficou para a disputa palmo a palmo entre a norte-americana Katie Ledecky, ultra-favorita e a recordista sul-americana Delfina Pignatiello. A argentina de 20 anos surpreendeu a todos a bater na frente com 15:42.49 e levou o terceiro ouro de seu país em Tóquio 2020.

A manhã no Centro Aquático de Tóquio começou com as semifinais dos 100m livre masculino. Marcelo Chierighini fez 47.72 para garantir o quarto melhor tempo e garantia de estar no bolo medalha. Breno Correia também passou para a final com 48.22, oitavo melhor tempo. Caleb Dressel mostrou não estar para brincadeira com 47.01, ameaçando o recorde mundial de César Cielo Filho, de 46.91 alcançado em Roma 2009. Feito na Era dos Trajes, o domínio do brasileiro no recorde é o mais longo da história.

Já nos 200m peito, Caio Pumputis fez 2:09.50, novo personal best e terminou em 10º lugar na semifinal.

Nas eliminatórias dos 200m medley, Gabrielle Roncato fez seu personal best com 2:13.92, terminando em 18º lugar. Sua marca fica apenas atrás dos feitos de Joanna Maranhão na história brasileira da prova. Nos 100m livre feminino, Larissa Oliveira fez 54.20 e Etiene Medeiros, 54.23, e passaram para a semifinal com o 14º e 15º melhor tempo, respectivamente. Foi o recorde pessoal de Etiene e melhor tempo de Larissa desde o Maria Lenk de 2016.

O revezamento 4x200m livre feminino, formado por Aline Rodrigues, Larissa Oliveira, Manuella Lyrio e Gabrielle Roncatto, bateu recorde sul-americano fez o décimo melhor tempo, com 7:55.24, o suficiente para bater o recorde sul-americano, que vinha da Rio 2016.

Nos 200m costas, Leonardo de Deus e Nathan Bighetti passaram para a semifinal, com 6º e 10º melhor tempo. Leo de Deus fez 1:57.09 e Nathan Bighetti igualou seu melhor tempo, 1:57.40, alcançado na seletiva brasileira. 

Pamela Alencar Souza também caiu nas piscinas e com o tempo de 2:26.79 por pouco não conseguiu a semifinal dos 200m peito, ficando em 17º. Como recompensa, ela conseguiu bater o recorde sul-americano de Carolina Mussi que durava desde maio de 2009.


Primeiro pódio garantido e Bia Ferreira inicia campanha
O Brasil garantiu sua primeira medalha no boxe, com Jucielen Romeu, na categoria de 57kg. Ela venceu a campeã dos Jogos da Comunidade Britânica em 2018, Skye Nicolson (AUS), por 5 a 0, e passou para semifinal onde luta contra a irlandesa Michaela Walsh.

Nossa maior esperança de ouro, Bia Ferreira estreou com vitória por decisão do árbitro ainda no segundo round contra Jennifer Chieng, de Micronésia. Ela volta aos ringues na sexta-feira para desafiar nas oitavas de final a tailandesa Sudaporn Seesondee, vice no Mundial de 2018.

Já nos pesos médios, Herbert Conceição superou o norueguês Mindaugas Gedminas por nocaute e enfrenta no sábado o chinês Tuohetaerbieke Tanglatihan pelas quartas da categoria até 75kg, em combate que pode valer medalha.

A derrota do boxe brasileiro em Tóquio veio com Flávia Figueiredo, na meio-pesada feminina. A brasileira caiu para a campeã mundial de 75kg, Lauren Price, da Grã-Bretanha por decisão unanime dos juízes.

Caio Souza consegue feito histórico em noite de Uchimura
Para delírio da torcida que lotou o Centro de Ginástica Ariake, o japonês Uchimura Kohei completou uma apresentação perfeita e conquistou o tricampeonato do individual geral masculino, ficando mais de um ponto a frente do russo Artur Dalaloyan. É o segundo ouro do japonês em Tóquio que já havia liderado seu país ao ouro por equipes. O britânico Max Whitlock conquistou seu segundo bronze olímpico consecutivo na prova.

Ginasta brasileiro comemora grande apresentação - Foto: Ricardo Bufolin/CBG

Caio Souza chegou na marca de 90.000 exatos para terminar em sexto lugar, superando o nono lugar de Sérgio Sasaki na Rio 2016; alcançando, portanto a melhor colocação de um brasileiro na prova em Olimpíadas. Diogo Soares, primeiro alternate, conseguiu participar da final do individual geral e aproveitou bem a chance, fazendo uma prova limpa, terminando em 15º lugar. Vale lembrar que ele tem apenas 18 anos!


Canoagem Slalom
Nas eliminatórias do C1 feminino, Ana Sátila mostrou que não está disposta a tirar o pé do acelerador depois de sua medalha inédita no K1 e passou com o 4º melhor tempo para as semifinais. Pepe Gonçalves no K1 masculino também foi muito bem e ficou em 9º lugar e garantido nas semifinais.


Hipismo Adestramento
Depois de ter feito boas voltas e alcançados marcas históricas para o adestramento brasileiro, João Victor Oliva Macari fez bonito na final, terminando em 11º lugar, numa classificação histórica para a modalidade brasileira. No Rio 2016, ele foi o 46º.

Remo
Uncas Batista, campeão mundial sub-23 em 2017, ficou em 6º lugar em sua bateria na semifinal AB do skiff simples e disputará a Final B na sexta-feira.


Saltos Ornamentais
Ingrid Oliveira foi a 25ª melhor nas eliminatórias na plataforma de 10m feminina e não prosseguiu as semifinais a serem disputadas amanhã.


Tiro com Arco
Marcus Vinícus D’Almeida, 18º melhor do mundo, é o único arqueiro vivo na competiçâo individual masculina. Ele venceu Witthaya Thamwong, da Tailândia, por 6 a 4. Durante o dia, os outros brasileiros se despediram, ambos com derrota de 6 a 0: Marcelo Costa para Mete Gazoz, da Turquia, e Ana Luiza Sliatchicas Caetano, de apenas 17 anos, para a indiana Deepika Kumari (IND) por 6 a 0. Ane Marcelle dos Santos superou Karma, atleta de Butão, ontem e está na segunda rodada.

Vela
Confira como foi o dia dos brasileiros nas competições do Porto de Enoshima por categoria:

470 feminino- No primeiro dia de regatas, Fernanda Oliveira e Ana Luiza Barbachan tiveram um dia regular e terminaram as três primeiras regatas em 10º lugar no geral.

470 masculino- Foi um dia bem ruim para a dupla brasileira Geison Dzioubanov e Gustavo Thiesen que ficou em 20º na regata de estreia. Com 13º e 19º lugar nas seguintes, eles terminaram o primeiro dia apenas em 22º lugar geral. 

49erFX feminina- Martine Grael e Kahena Kunze seguiram com os bons ventos e venceram uma regata e terminaram em 5º e 6º nas outras, ampliando a vantagem na classificação geral para 8 pontos.

49er masculina- Marco Grael e Gabriel Borges tiveram um segundo dia superior e passaram para a 2º colocação, após vencer 1 regata e ficar em 4º nas outras duas. Os campeões de Lima 2019 no Skiff estão a apenas dois pontos na cola dos britânicos Dylan Fletcher e Stuart Bithell.

Finn masculina- Jorge Zarif ficou entre os cinco melhores nas três regatas e assumiu a liderança após seis regatas. Ele ficou em quarto colocado na Rio 2016.

Nacra 17 mista- A dupla brasileira formada por Samuel Albrecht e Gabriela Nicolino de Sá teve como destaque o 2º lugar na regata de estreia e terminou em 9º lugar geral o primeiro dia.

RS:X feminina- Tricampeã nos Jogos Pan-Americanos Patricia Freitas venceu uma regata e fez outras duas regulares, subindo para a terceira colocação geral ao fim de 9 regatas.


Relembre as medalhas brasileiras:

4 OUROS

25/07- Nathalie Moellhausen - Esgrima (espada feminina)
26/07- Larissa Pimenta - Judô (52kg feminino)
27/07- Pamela Rosa - Skate (Street feminino)
27/07- Ícaro Miguel - Taekwondo (80kg masculino)

7 PRATAS

26/07- Kevin Hoefler - Skate  (Street masculino)
26/07- Edival ‘Netinho’ Pontes - Taekwondo (68kg masculino)
27/07- Rayssa Leal - Skate (Street feminino)
27/07- Henrique Avancini - Ciclismo (Mountain Bike masculino)
27/07- Rafaela Silva - Judô (57kg feminino)
27/07- Marcelo Chierighini, Breno Correia, Pedro Spajari, Bruno Fratus, Marco Antonio Ferreira Junior (eliminatórias), André Luís Calvelo (eliminatórias) - Natação (4x100m livre masculino)
28/07- Rafael Macedo - Judô (90kg masculino)

9 BRONZES

25/07- Nathália Brigida - Judô (48kg feminino)
25/07- Eric Takabatake - Judô (60kg masculino)
26/07- Daniel Cargnin - Judô (66kg masculino)
27/07- Leticia Bufoni - Skate (Street feminino)
27/07- Milena Titoneli - Taekwondo (67kg feminino)
27/07- Guilherme Toldo - Esgrima (florete masculino)
28/07- Ana Sátila - Canoagem Slalom (K1 feminino)
28/07- Ketleyn Quadros - Judô (63kg feminino)
Dia 8 do “Olimpíada dos Sonhos” - "Judô fecha com prata; Lanza, Marcus Vinícius e Patrícia Freitas são bronze em 8º dia de 'quases'"
Dia 10 do "Olimpíada dos Sonhos" - Martine e Kahena são bicampeãs, Flavinha no pódio e Zanetti completa coleção em 10º dia
Dia 11 do "Olimpíada dos Sonhos" -  Augusto Dutra é ouro com recorde mundial no salto com vara e Braz é bronze; Arthur Nory e Isaquias Queiroz/Erlon Souza são campeões no 11º dia

Foto: JudoInside

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