Mais um interessado pode estar integrando a corrida para sediar os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2032. O vice-presidente do Comitê Olímpico Nacional da Turquia (TNOC), Hazan Arat, disse que o país mantém planos de receber uma edição olímpica e deve enviar uma candidatura para que Istambul receba o megaevento em 2032.
“Nosso jovem país deve seguir seus sonhos. 2032 não está longe, os dias passam rápido. A Turquia é um dos países importantes que aloca fontes para o esporte. A Turquia tem instalações esplêndidas por toda parte", disse Arat à Agência Anadolu.
Istambul, a maior cidade turca, se candidatou para receber os Jogos em outras quatro oportunidades nos últimos anos, a última delas em 2020. Na ocasião, era a favorita para vencer a disputa, mas acabou sendo derrotada por Tóquio, por 60 votos a 36.
Foi o próprio Arat que conduziu a candidatura turca à época. "Este objetivo não pode ser abandonado. O mundo viu como nós perdemos para Tóquio no último minuto. A Turquia mereceu as Olimpíadas", pontuou.
Em 2020, o slogan de Istambul foi "superar juntos", em alusão às intenções de realizar a primeira edição olímpica em um país de maioria muçulmana. A frase também fazia referencia à Ponte do Bósforo, localizada em Istambul, e que liga as partes asiática e europeia da cidade, num marco simbólico de encontro da humanidade e de miscigenação cultural.
Ponte do Bósforo (Boğaziçi Köprüsü/Aerial) |
Apesar do entusiasmo de Arat, a tarefa da Turquia em receber os Jogos de 2032 não será nada fácil, já que a concorrência está acirrada. A Austrália, com a proposta de Queensland, aparece como favorita pelo Comitê Olímpico Internacional (COI).
Outros países também já manifestaram o desejo de receber o megaevento, como Alemanha, Espanha, Índia, Indonésia e Países Baixos, além de uma candidatura conjunta entre a Coreia do Sul e a Coreia do Norte. Além da Austrália, as propostas mais avançadas são as asiáticas. No entanto, os trabalhos da candidatura da Indonésia e da Austrália foram paralisadas por conta da pandemia.
O COI, aliás, está tentando tirar lições positivas das dores de cabeça geradas pela crise sanitária global. Com os altos custos gerados pelo adiamento de Tóquio-2020, a entidade que gere o Movimento Olímpico já está propondo mudanças para as próximas edições olímpicas, como o enxugamento dos gastos e a redução de tarefas consideradas não essenciais.
Paris-2024 já está sentindo o reflexo disso, com a quantidade total de atletas sendo reduzida em mais de 600 em relação aos Jogos de Tóquio. Mesmo ainda estando distante, a escolha pela sede de 2032 deverá levar em consideração esses novos aspectos visualizados pelo COI. E para Arat, este é um ponto positivo para a Turquia.
"A Turquia, gerenciando com sucesso o processo de pandemia, cumpriu suas promessas de infraestrutura durante sua candidatura em 2020. Estradas, metrôs, Marmaray (um túnel que liga as partes asiática e europeia de Istambul), aeroporto foram as promessas feitas na época. Todos estão concluídos. Istambul está pronta e deve ser candidata. Esta é uma decisão do Estado. Nossa população jovem pode liderar essa candidatura", destacou.
Não há um cronograma definido para quando correrá a eleição da cidade-sede dos Jogos de 2032, mas as autoridades do COI sugeriram no início deste ano que o vencedor poderia ser escolhido já em 2021. Com a chegada da pandemia, no entanto, é possível que a definição seja atrasada por algum tempo. A previsão é entre 2022 e 2025.
Foto: Reprodução
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