Um dos esportes mais recentes do programa olímpico é o rugby sevens. Incluído em 2016, ele é diferente do tradicional rugby XV, que chegou a ser disputado em algumas edições antigas dos Jogos, e é disputado no Mundial. Ainda engatinhando no Brasil, a seleção feminina espera contribuir com a popularização e o esporte no país. As jogadoras encerram a participação nos Jogos Olímpicos de Tóquio com a disputa do 11° lugar do torneio diante do Japão às 21h desta sexta-feira.
Dominantes no âmbito sul-americano, o time brasileiro ainda engrena contra as principais seleções do mundo. possibilitou a equipe um bom treinamento, e chegou a circular bem na Liga Mundial, fazendo bons jogos, ainda que nem sempre vencendo. Porém, os placares mais apertados mostravam o progresso.
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Porém, com a pandemia, o treinamento não pode ser continuado, e isso mostrou seu impacto na campanha até então das Yaras, como são conhecidas. Quatro derrotas, para Canadá (33-0), França (40-5) e Fiji (41-5), pela fase de grupos; e novamente para Canadá, por 45 a 0.
Quanto ao confronto da madrugada desta sexta-feira (30), Isadora Cerullo, avaliou que "Enfrentamos o Canadá pela segunda vez. Sempre é difícil, quando você enfrenta alguém que já jogou antes. Elas se impuseram no jogo, nós tentamos fazer nosso trabalho de defesa, mas não conseguimos manter a bola no ataque".
A jogadora Thalia Costa comentou que "a gente planejou muito colocar em prática tudo que a gente tinha treinado. Infelizmente não foi em nosso favor, mas estamos muito felizes por estar aqui". O Brasil enfrenta o Japão na decisão do 11° lugar. Para Thalia, "vamos pegar alguns detalhes do que faltou em cada jogo até aqui e colocar em prática porque eu sei que pode dar bom. Vai dar certo. Estamos aqui para conseguir botar nosso jogo, e vamos dar nosso melhor", completou.
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Depois de Tóquio?
A gente espera que estar aqui nos Jogos Olímpicos vai despertar bastante interesse no nosso jogo. Temos exemplo de meninas que assistiram o rugby na Rio 2016 e estão agora aqui representando o Brasil em Tóquio. É sobre plantar sementes, e principalmente regá-las, com investimento, treinadores capacitados e todo esse trabalho de base é muito necessário para que a seleção consiga evoluir.
Izzy ainda acrescentou que o jogo de rugby evoluiu bastante pelo mundo nos últimos cinco anos e o Brasil precisa acompanhar essa evolução. A número 6 da seleção, que já tinha planos de se aposentar depois dos Jogos, garantiu que o tempo reunido com a equipe em Tóquio a fará prolongar a carreira. "Não tenho mais nada a dizer sobre isso, vamos jogar um pouco mais de rugby", comemorou Izzy.
Fotos: Gaspar Nóbrega / COB
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