Os Jogos voltavam ao velho continente, na cidade italiana de Roma. Sem ter que fazer uma viagem tão longa quanto em Melbourne quatro anos antes, a delegação brasileira foi um pouco maior e o país já demonstrava uma pequena evolução em alguns esportes.
O nadador Manoel dos Santos, então com 21 anos, brilhou na prova dos 100m nado livre e levou o bronze, em uma disputa de igual para igual com os favoritos John Devitt (AUS) e Lance Larson (USA). Manoel chegou a liderar a prova e no fim ficou apenas 0.2s atrás do ouro e da prata. (os dois primeiros terminaram empatados, com uma controvérsia entre cronometristas que fez a natação passar a usar touchpads eletrônicos na borda para definir a chegada nas edições seguintes). Foi a primeira medalha olímpica do Brasil em provas rápidas da natação.
Brasil, 100 anos olímpicos - Antuérpia 1920
Brasil, 100 anos olímpicos - Paris 1924
Brasil, 100 anos olímpicos - Los Angeles 1932
Brasil, 100 anos olímpicos - Berlim 1936
Brasil, 100 anos olímpicos - Londres 1948
Brasil, 100 anos olímpicos - Helsinque 1952
A outra medalha brasileira foi do basquete masculino. Campeão mundial em 1959, os comandados de Togo ‘Kanela’ Soares tinham o favoritismo pelo ouro, ao lado de soviéticos e americanos. E após vencer todos os jogos da primeira fase - incluindo a União Soviética por 58 a 54, criou uma esperança de que o Brasil poderia repetir o feito do título mundial em 59. Na fase semifinal, outra campanha perfeita com três vitórias em três jogos contra Itália, Tchecoslováquia e Polônia e a esperança do ouro olímpico aumentava.
Mas na fase final, uma dura derrota para os soviéticos, por apenas dois pontos (64 a 62, destaque para os 25 pontos de Wlamir Marques) e depois outra derrota para os Estados Unidos - que tinham no time universitários que virariam lendas do basquete como Oscar Robertson e Jerry West - por 90 a 63, o que fez a equipe formada por Amaury, Algodão, Wlamir, Waldemar (que faleceu em 64 antes dos Jogos de Tóquio) e Edson Bispo (Rosa Branca viraria titular no lugar de Algodão durante a competição) ficar com o bronze, que apesar de um pouco de frustração - afinal, o Brasil teve a chance de ficar com a medalha de prata - também foi muito comemorado.
Mas na fase final, uma dura derrota para os soviéticos, por apenas dois pontos (64 a 62, destaque para os 25 pontos de Wlamir Marques) e depois outra derrota para os Estados Unidos - que tinham no time universitários que virariam lendas do basquete como Oscar Robertson e Jerry West - por 90 a 63, o que fez a equipe formada por Amaury, Algodão, Wlamir, Waldemar (que faleceu em 64 antes dos Jogos de Tóquio) e Edson Bispo (Rosa Branca viraria titular no lugar de Algodão durante a competição) ficar com o bronze, que apesar de um pouco de frustração - afinal, o Brasil teve a chance de ficar com a medalha de prata - também foi muito comemorado.
O Adeus da lenda
Também vimos a despedida de Adhemar Ferreira da Silva dos Jogos Olímpicos em Roma. Aos 33 anos, um pouco longe da melhor forma, a lenda brasileira ficou em décimo quarto lugar. Após ser eliminado, foi ovacionado pelo público com a prova chegando a ser paralisada, em respeito a tudo que Adhemar fez ao esporte. Meses depois descobriu-se que Adhemar estava com tuberculose, o que pode ter contribuído para seu desempenho apenas mediano em Roma.
Melhor resultado da história do ciclismo
O ciclista Anésio Argenton após um nono lugar nas olimpíadas de Melbourne em 1956, conseguiu um sexto lugar na prova de contrarrelógio de 1000m e um quinto lugar na prova de velocidade, um grande resultado nunca mais repetido por nenhum outro ciclista brasileiro na história olímpica.
Futuro medalhista
Outro nome que se destacou nos Jogos e futuramente conquistaria uma medalha olímpica foi o do velejador Reinaldo Conrad, que terminou em quinto na classe Finn na Vela, melhor posição do Brasil na história da Vela olímpica até então. Depois de Roma 1960, ele migrou para a classe Flying Dutchman, onde se consagraria com duas medalhas olímpicas em 1968 e 1976.
Wanda Dos Santos foi a única representante feminina do Brasil em Roma. Ela disputou os 80m com barreiras. Essa foi a sua segunda e última participação- ela esteve nos jogos de Helsinque, disputando além dos 80m com barreiras, o salto em distância - em Olimpíadas.
Tivemos duas grandes decepções nos jogos. A primeira com o boxe, que levou cinco pugilistas e todos foram derrotados na primeira luta. Foi a primeira vez desde quando estreou na modalidade em 1948 que o Brasil não conquistava uma vitória sequer.
Já a seleção brasileira voltou a uma Olimpíada após a ausência em 1956. Apesar de levar jogadores juvenis, ela tinha o status de atual campeã do mundo. Um dos principais destaques desse seleção foi Gérson, que dez anos depois seria um dos craques da seleção de 1970 que levou o tri mundial.
Mas em Roma, a seleção perdeu para Itália de Giani Rivera e Giovani Trapatonni por 3 a 1 no confronto decisivo pela vaga do grupo B - só o campeão de cada grupo avançava para a semifinal - e foi eliminado na primeira fase.
A única mulher
Wanda Dos Santos foi a única representante feminina do Brasil em Roma. Ela disputou os 80m com barreiras. Essa foi a sua segunda e última participação- ela esteve nos jogos de Helsinque, disputando além dos 80m com barreiras, o salto em distância - em Olimpíadas.
Futebol e boxe: Decepções
Tivemos duas grandes decepções nos jogos. A primeira com o boxe, que levou cinco pugilistas e todos foram derrotados na primeira luta. Foi a primeira vez desde quando estreou na modalidade em 1948 que o Brasil não conquistava uma vitória sequer.
Já a seleção brasileira voltou a uma Olimpíada após a ausência em 1956. Apesar de levar jogadores juvenis, ela tinha o status de atual campeã do mundo. Um dos principais destaques desse seleção foi Gérson, que dez anos depois seria um dos craques da seleção de 1970 que levou o tri mundial.
Mas em Roma, a seleção perdeu para Itália de Giani Rivera e Giovani Trapatonni por 3 a 1 no confronto decisivo pela vaga do grupo B - só o campeão de cada grupo avançava para a semifinal - e foi eliminado na primeira fase.
Quadro de medalhas
Com dois bronzes, o Brasil terminou na trigésima nona colocação no quadro de medalhas, empatados com a extinta Federação das Índias Ocidentais (Território de várias nações do Caribe como Jamaica, Barbados, Trinidad e Tobago, entre outros que só existiu entre os anos 1958 e 1962). Quarenta e quatro nações conquistaram medalhas em Roma.
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