Faltam 100 dias para os Jogos Olímpicos de Tóquio. Após tantos problemas enfrentados com a pandemia de coronavírus, que ainda não acabou, estamos de fato cada vez mais perto do megaevento poliesportivo. No golfe, modalidade que retornou à Olimpíada em 2016, após 112 anos fora, as vagas serão definidas no ranking mundial dos dias 21 de junho (para homens) e 28 de junho (para mulheres).
Então o Surto Olímpico preparou uma projeção das vagas olímpicas após o fim dos primeiros Majors de 2021 em cada naipe (ANA Inspiration e Masters Tournament). No masculino, tema deste primeiro texto, os Estados Unidos dominam no número de vagas e deverão ser a única nação com quatro classificados.
Antes, vamos relembrar os critérios de classificação. São 120 atletas, 60 homens e 60 mulheres. Os 15 melhores jogadores no ranking mundial estão automaticamente garantidos, mas com o limite de quatro atletas por nação. Fora do top-15, o número de vagas por país cai e só dois golfistas podem conquistar a qualificação olímpica para competir por medalhas no campo do Kasumigaseki Country Club, sede do evento.
O Brasil está numa posição complicada em busca da classificação. Nosso melhor golfista, Adilson da Silva, ocupa a 333ª colocação. Neste momento o último atleta classificado, Rafael Campos, de Porto Rico, está em 268º.
Golfe masculino (com base na atualização do ranking mundial no dia 11 de abril)
*Em itálico, atletas que estiveram na Rio-2016
Estados Unidos: Justin Thomas (2º), Bryson DeChambeau (4º), Collin Morikawa (5º) e Xander Schauffele (6º).
Os Estados Unidos surgem mais uma vez dominando o ranking. Com dez atletas no top-15, o país tem uma disputa acirrada pelas quatro vagas nos Jogos. Vale lembrar ainda, que o atual número 1 do mundo, Dustin Johnson, disse que não vai disputar a Olimpíada de Tóquio.
Espanha: Jon Rahm (3º) e Sergio Garcia (43º)
Olho nos espanhóis. A nação deverá levar dois jogadores de alto nível ao megaevento. Rahm liderou o ranking mundial de golfe por quatro semanas em 2020 e Garcia é campeão de Major (Masters 2017) e ex-número 2 do mundo.
Grã-Bretanha: Tyrrell Hatton (8º) e Matthew Fitzpatrick (17º)
O país verá uma batalha intensa pela vaga olímpica. São oito britânicos entre os 50 melhores golfistas do mundo, sendo que cinco deles estão na faixa do top-30. Além disso, não podemos desconsiderar o atual campeão olímpico, Justin Rose. Ele ocupa apenas a 39ª colocação, mas se somar bons resultados, poderá subir na classificação.
Japão: Hideki Matsuyama (14º) e Shugo Imahira (83º)
Os donos da casa agora têm um campeão de Major. No último domingo (11), Hideki Matsuyama conquistou o título do Masters 2021 e se tornou o primeiro japonês campeão de Major masculino. Isso impulsionou o atleta para dentro do top-15. A nação levará ainda Shugo Imahira, que tem quatro títulos de Japan Golf Tour.
Irlanda: Rory McIlroy (13º) e Shane Lowry (45º)
Quem acompanha golfe, sabe que Rory McIlroy é nascido na Irlanda do Norte. No entanto, o golfista que ficou 106 semanas na liderança do ranking mundial afirmou em 2019 que se disputasse os Jogos Olímpicos, iria defender a delegação da Irlanda, por já ter feito isso durante toda sua carreira. Portanto ele deverá se juntar a Shane Lowry no time irlandês para disputar o evento.
Noruega: Viktor Hovland (15º) e Kristoffer Ventura (247º)
Coreia do Sul: Sungjae Im (20º) e Siwoo Kim (47º)
Austrália: Cameron Smith (26º) e Adam Scott (34º)
Chile: Joaquin Niemann (30º)
África do Sul: Louis Oosthuizen (31º) e Cristiaan Bezuidenhout (38º)
México: Abraham Ancer (32º) e Carlos Ortiz (49º)
França: Victor Perez (33º) e Antoine Rozner (65º)
Canadá: Corey Conners (42º) e Mackenzie Hughes (51º)
Áustria: Bernd Wiesberger (53º) e Matthias Schwab (111º)
Colômbia: Sebastian Munoz (62º) e Camilo Villegas (288º)
Bélgica: Thomas Pieters (78º) e Thomas Detry (82º)
Dinamarca: Rasmus Hojgaard (89º) e Joachim B. Hansen (155º)
Finlândia: Sami Valimaki (93º) e Kalle Samooja (129º)
Alemanha: Martin Kaymer (99º) e Stephan Jaeger (157º)
Suécia: Alexander Noren (102º) e Henrik Stenson (108º)
Tailândia: Jazz Janewattananond (97º) e Gunn Charoenkul (182º)
Itália: Francesco Molinari (107º) e Renato Paratore (173º)
Eslováquia: Rory Sabbatini (123º)
Argentina: Emiliano Grillo (141º)
Taiwan: C.T. Pan (156º)
Nova Zelândia: Danny Lee (178º) e Ryan Fox (184º)
Países Baixos: Joost Luiten (185º) e Will Besseling (213º)
Venezuela: Jhonattan Vegas (186º)
República Tcheca: Ondrej Lieser (192º)
Polônia: Adrian Meronk (228º)
Malásia: Gavin Green (234º)
Paraguai: Fabrizio Zanotti (253º)
China: Haotong Li (256º)
Zimbábue: Scott Vincent (258º)
Porto Rico: Rafael Campos (268º)
Foto: Reuters
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