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Tamás Aján deixa presidência da IWF após 20 anos no poder


Tamás Aján não é mais o presidente da Federação Internacional de Halterofilismo (IWF). Depois de 20 anos no cargo máximo da entidade, o húngaro teve sua aposentadoria, e consequente renúncia, aprovada pelo Conselho Executivo da federação nesta quarta-feira, 15, em meio à acusações de corrupção. A americana Ursula Papandrea segue no posto de forma interina.

"Ofereci o melhor da minha vida ao nosso amado esporte", declarou o agora ex-presidente por meio de um comunicado oficial da IWF. "Quando as condições de saúde relacionadas à pandemia o permitirem, a realização de eleições permitirá que uma nova geração comece a trabalhar o mais rápido possível para garantir um futuro brilhante para o esporte que amamos", completou.

Aján estava presente na IWF desde 1976. Ele foi secretário-geral por 24 anos, se tornando presidente em 2000. No começo deste ano, ele foi alvo de um documentário alemão, que o acusou de negligência financeira e corrupção nos procedimentos antidopagem enquanto era líder da federação.


O húngaro, de 81 anos, sempre negou as alegações da rede alemã, mas isto foi um dos principais motivos que o depuseram. Ele chegou a ser afastado da presidência por 90 dias, no final de janeiro, quando as primeiras investigações começaram.


Foto: Associated Press

"O Conselho Executivo da IWF observa que atualmente está em andamento uma investigação independente pelo professor Richard McLaren, examinando as alegações feitas pela ARD (televisão alemã na qual foi exibida o documentário) e questões relacionadas", pontuou a nota oficial da IWF.


De acordo com o portal insidethegames, Aján estava irritando os membros do Conselho Executivo com suas tentativas de "se manter no poder a todo custo" nos últimos tempos. Até por isso, realizaram um encontro via video-conferência, que durou diversas horas, nesta quarta, para discutir a situação.

Papandrea, já como presidenta interina, também realizou diversas acusações contra Aján recentemente, quando ele estava afastado temporariamente, incluindo participação indevida em teleconferências com o COI, impedimento de acesso às contas bancárias da IWF e supervisões ilegais de transferências bancárias. Ele também foi acusado de insultá-la e ameaçá-la em e-mails privados.

Outro ponto que marcou negativamente o mandato do húngaro foi a questão do doping no levantamento de peso olímpico, algo que foi duramente criticado até pelo presidente do COI, Thomas Bach. Desde 2017, cerca de 61 atletas foram pegos em reanálises de testes guardados das Olimpíadas de Pequim-08 e Londres-12, o que colocou em risco até a participação da modalidade na próxima edição dos Jogos. O sistema de qualificação Tóquio-2020, no entanto, foi modificado, e a IWF ganhou "pontos" o COI.

Foto: Reprodução/Twitter

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