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Documentário alemão aborda escândalos de doping e corrupção na IWF


Secret Doping - the Lord of the Lifters (Doping secreto - O Senhor do Levantamento de Peso) é um documentário alemão lançado neste domingo (5) que revela casos de corrupção e de doping, trazendo casos reais e declarações de autoridades dentro da modalidade. A produção tem como lavo principal o presidente da Federação Internacional de Halterofilismo (IWF) Tamás Aján.

Um dos esquemas mostrados pelo documentário é a compra de testes "limpos". Segundo um médico da equipe da Moldávia, os exames poderiam ser comprados por US$ 60 (R$ 244) em nível nacional e US$ 200 (R$814) em casos internacionais. Outro caso citado é a conversa registrada secretamente de um medalhista olímpico falando sobre o esquema de dopagem de meninas de 13 anos na Tailândia.

Por décadas, o levantamento de peso foi rechecado de casos de doping, problema que quase levou a modalidade a perder o status olímpico por parte do COI. Depois de uma reformulação do seu programa antidoping, hoje com a Agência Internacional de Testes, a modalidade tem seu futuro assegurado. No Mundial em 2015, a Agência Americana de Antidoping (USADA) foi a responsável por esse trabalho, quando 26 lutadores foram desqualificados por doping.

Já na questão financeira, Christian Baumgartner, presidente da Federação Alemã de Halterofilismo, e Antonio Urso, presidente italiano da Federação Europeia de Halterofilismo denunciaram o desvio de no mínimo US$ 5 milhões (R$ 22,4 milhões) de dinheiro pago pelo COI à IWF. Segundo os presidentes, parte da quantia "desaparecida" foram para duas contas suíças as quais apenas uma pessoa tinha acesso a elas: Tamás Aján.

Tamás Aján está no comando da IWF desde os anos 70, sendo o principal alvo de investigação da ARD, emissora estatal alemã que também relevou o esquema de doping russo em um documentário publicado em 2014. O húngaro de 80 anos já foi secretario-geral da IWF de 1976 a 2000 e está na presidência ao longo desse século, além de atuar como membro do Comitê Olímpico Internacional (COI) até 2010.

Foto: PressTV

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