É bronze! Daniel Cargnin derrotou o israelense Baruch Shmailov, por waza-ari, e conquistou a medalha de bronze na categoria até 66kg do torneio olímpico de judô de Tóquio-2020. É o segundo pódio do Brasil nesta edição, depois da prata de Kelvin Hoefler no skate street masculino, também conquistada neste domingo (25).
Em sua campanha até a medalha, Daniel venceu três adversários nas preliminares, incluindo o italiano Manuel Lombardo, campeão europeu e número um do mundo, e vinha muito bem até ser derrotado na semifinal pelo japonês Abe Hifumi. Na disputa pelo pódio, ele, que é o 13º do ranking mundial, superou Shmailov, número 8.
Surte+ Daniel Cargnin é a prova que emoção e estratégia podem trabalhar juntas
Na luta decisiva, Cargnin começou muito bem, forçando ataques sobre o adversário. O israelense recebeu um shidô por falta de combatividade no primeiro minuto de luta. O brasileiro manteve a postura agressiva e conseguiu um waza-ari. A partir daí, tentou controlar o combate, mas o israelense cresceu e passou a encaixar a pegada.
Quando a luta começou a ficar perigosa, Cargnin precisou parar o combate para receber atendimento médico, por ter o nariz sangrando. Ao voltar, o brasileiro aplicou uma entrada um tanto quanto duvidosa, com uma pegada no braço. O VAR chegou a checar para verificar a irregularidade, mas nada foi marcado. O combate seguiu e Cargnin se defendeu bem, esperou o tempo acabar e comemorou.
Aos 23 anos, o gaúcho entra para a história como mais um medalhista olímpico brasileiro do judô. Esta é a modalidade que mais deu medalhas para o Brasil em toda a história olímpica, agora com 23. Com o pódio do meio-leve - o terceiro dessa categoria -, o país também mantém a escrita de faturar medalhas neste esporte em todas as edições desde Los Angeles-1984.
Foto de capa: Gaspar Nobrega/COB
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