A cidade-sede da próxima edição dos Jogos Olímpicos bateu um recorde negativo nesta quinta-feira. Tóquio registrou 224 casos de coronavírus em 24 horas, o maior número de infecções diárias desde fevereiro, quando teve seus primeiros relatos da doença. O pico anterior da doença havia sido em 17 de abril, com 206 casos registrados.
Tóquio ultrapassou a marca de 7 mil infectados, com cerca de um terço do total de casos do Japão. A capital está tendo uma expansão no número de casos desde o final de junho e, de acordo com a governadora, recém-reeleita, Yuriko Koike, muito por conta da transmissão entre jovens que foram a festas ou a jantares com os amigos. O crescimento também está relacionado com o aumento de casos confirmados em distritos de entretenimento "noturno", como destacou a agência Kyodo News.
Apesar da crescente disseminação, o discurso dos líderes japoneses ainda é de certa tranquilidade. Koike também associou o aumento do número de casos à maior quantidade de testes realizados, mas mostrou-se alerta para o futuro: "Precisamos estar vigilantes sobre as tendências no número de infecções".
O ministro da Saúde, Katsunobu Kato, disse que o sistema de saúde ainda continua tranquilo, enquanto o secretário-chefe de gabinete, Yoshihide Suga, garantiu que o governo central japonês não está pensando em declarar um novo estado de emergência no momento.
Cabe lembrar que o Japão ficou em um estado de emergência durante cerca de seis semanas, entre 7 de abril e 16 de maio. O decreto foi o principal responsável por controlar a situação no território japonês. Com a estabilização dos casos, o país pôde reabrir a economia e flexibilizar as medidas da quarentena, vivendo hoje sob as condições do "novo normal".
Público nos estádios
A questão do público nos eventos esportivos também tornou-se uma preocupação. A partir desta sexta-feira, os jogos das principais ligas japonesas, de beisebol e de futebol, poderão contar com torcedores no estádio. A ideia inicial é de que até cinco mil espectadores estejam presentes, mas o porta-voz Yoshihide Suga afirmou que essa medida deverá ser modificada.
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