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Lacrosse? Flag Football? Conheça os esportes que poderão estar em Los Angeles-2028

Jogador de flag football da França corre com a bola e escapa do jogador de Israel durante os Jogos Mundiais de 2022
IWGA/Divulgação


Nesta segunda (9) o Comitê organizador dos Jogos Olímpicos de Los Angeles-2028 enviou ao COI (Comitê Olímpico Internacional) cinco esportes para fazer parte do programa desta olimpíada: Beisebol/Softbol, Squash, Lacrosse, Flag Football e Críquete. Mas enquanto o COI não decide se estes esportes estarão em na olimpíada de 2028, quer conhecer um pouco mais sobre eles? Confira abaixo um pouco da história de cada modalidade:


Flag Football 


Grasiela Gonzaga/Flag Football Brasil


É um dos esportes que se for escolhido, fará sua estreia em jogos olímpicos em Los Angeles - a modalidade é presença constante nos Jogos Mundiais. 'Primo' do futebol americano, já que é uma variação do esporte que é tão popular nos Estados Unidos, o Flag football tem como principal diferença que cada jogador tem que usar um cinto com uma bandeira ou fita, que quando é retirada do cinto do jogador com a bola,  o time de ataque acaba sua decida (down) e começa uma nova descida daquele ponto. A medida visa diminuir o contato físico em relação ao futebol americano e se tornar um jogo mais seguro e barato, já que não necessita dos mesmos equipamentos usados no futebol americano.

O flag football tem muitas variações pode ser jogados em time de 4 até 9 jogadores e tem praticantes em vários países, inclusive no Brasil. Estados Unidos, México, Canadá e Áustria são países fortes na modalidade. No último mundial da modalidade, disputado em 2021, o Brasil ficou em décimo sétimo no masculino e em quarto lugar no feminino.

 Se for confirmado, a tendência é que jogadores da NFL - liga que inclusive tem ajudado nos bastidores na entrada do Flag Football na Olimpíada -  sejam liberados para participar e dar um destaque a mais na competição olímpica. 


Lacrosse 
Universidade de Syracuse/Divulgação

Esporte coletivo onde o jogador usa um taco com uma rede na ponta para carregar, passar, pegar e atirar a bola para o gol. muito popular nos Estados Unidos e Canadá, é um esporte que tem origem nos povos nativos americanos. Homens e mulheres podem praticar o esporte, mas no lacrosse feminino, não é permitido contato físico.

Se for confirmado em Los Angeles, não será a estreia do Lacrosse no programa olímpico, já que a modalidade esteve presente nos jogos de Saint Louis 1904 e Londres 1908, e como esporte de demonstração em Los Angeles 1932 e Londres 1948.

Estados Unidos e Canadá dominam o esporte, vencendo todos os mundiais masculinos (EUA 11 títulos e Canadá três). No feminino, a Austrália se junta aos países da América do Norte como seleção dominante do esporte. No Brasil, a modalidade vem tentando se desenvolver no país com Cristina Velez e Sérgio Madrigal. ex-jogadores das seleções da Espanha e Colômbia, respectivamente, e atualmente são professores e dirigentes internacionais da modalidade.


Críquete 

ICC/Divulgação

De origem britânica e praticado desde o século XVII, o críquete é um esporte coletivo de bola e bastão com 11 jogadores em cada equipe, e basicamente vence quem faz mais corridas, e isso é feito ao bater a bola com o bastão e correr de um lado do campo para o outro.

É um jogo longo, que pode durar até dez dias, por isso a sua versão T20 - que dura três horas aproximadamente - deverá ser que estará nos jogos olímpicos. O jogo tem esse nome por limitar o jogo de críquete em 20 overs - uma série de 6 arremessos válidos feita por apenas um jogador. No críquete tradicional não existe limite de overs.

O esporte é muito tradicional nos países que fizeram parte do império Britânico, com destaque para Índia, Paquistão, Sri Lanka e Austrália, além do Reino Unido. O Críquete só esteve presente nos Jogos Olímpicos na edição de 1900 em Paris.

O Críquete veio para o Brasil ainda no século XIX, quando foi fundado em 1872 a Rio Cricket Club no Rio de Janeiro. Nos anos posteriores foram criados o São Paulo Athletic Club de São Paulo e Club de Cricket Vitória (atualmente Esporte Clube Vitória) na Bahia para a prática da modalidade. Mas o críquete não chegou a ser popularizado e os antigos clubes abandonaram a prática do esporte porque o futebol (também trazido pelos ingleses) acabou ganhando maior repercussão no início do século XX. 

O Críquete acabou ganhando mais popularidade no aspecto recreativo, ganhando o nome de 'Taco' ou 'Bete' ou 'tacobol', entre outros nomes, dependendo da região do Brasil. O Críquete de alto rendimento se desenvolveu a passos lentos no Brasil e só em 2003 que o país passou a ser reconhecido pela Federação internacional da modalidade e atualmente mantém seleções masculina e feminina da modalidade e entre as mulheres, o Brasil está em 37º lugar na T20 - que deverá ser a modalidade olímpica. 


Squash


Divulgação

Se o flag football é parente do futebol americano, o squash tem o seu  grau de parentesco com o tênis, já que ele usa raquete e bola (oca). A diferença principal é que ele é jogado em uma sala fechada, com os jogadores alternando tacadas na parede frontal, que possui três linhas demarcando onde é possível atingir a bola. A parede atrás dos jogadores tem que ser de vidro.

A bola pode bater nas paredes laterais ou na parede de vidro, mas só pode quicar uma vez no chão antes do jogador adversário rebater a cola na parede frontal. Normalmente os jogos tem 5 sets de 11 pontos.

O esporte nunca fez parte dos Jogos olímpicos, mas tem tradição nos Jogos Mundiais e nos Jogos Pan-americanos, onde está desde a edição de 1995 em Mar Del Plata na Argentina. No Brasil, o squash foi trazido pelos ingleses no início do século XX e teve sua primeira quadra na cidade Nova Lima (MG) e teve um boom nos anos 70 e 80 no país - e no mundo, com vários clubes no Rio de Janeiro e São Paulo montando quadras do esporte.

Egito é a grande potência no esporte, dominando o ranking mundial no feminino. Grã Bretanha, Estados Unidos e Bélgica são outras potências no esporte, com nomes no top 10 dos rankings masculino e feminino. Diogo Gobbi é brasileiro melhor ranqueado no masculino, na 128ª posição e no feminino, Laura Silva é melhor brasileira, coincidentemente na mesma posição de Diogo, a número 128 do mundo.


Beisebol/Softbol 

WBSF/Divulgação


O esporte mais popular desta lista para o público brasileiro e que talvez não precise muitas explicações é o beisebol. Muito popular nos Estados Unidos - com a MLB sendo a liga mais assistida no país -, México, Canadá, países do Caribe como Cuba, Porto Rico e República Dominicana, além de  Venezuela e Japão, o beisebol - que foi criado tendo como uma de suas inspirações o críquete, esteve nos Jogos olímpicos em St Louis-1904 e depois voltou entre as edições de 1992 e 2008 e voltando em Tóquio. A partir de Atlanta-1996, passou a estar do lado do seu similar softbol, que tem como diferenças principais o tamanho da bola, do campo e da duração da partida.

um destaque interessante é que tanto o beisebol quanto o softbol são jogados por homens e mulheres, mas na olimpíada apenas os homens jogam beisebol enquanto só as mulheres jogam softbol.

No Brasil apesar do esporte ter sido trazido por estadunidenses no século XIX, foi a colônia japonesa que veio para o país no século XX que incorporou o esporte, com o Brasil tendo em sua maioria na seleção jogadores com origem nipônica, que vem basicamente de São Paulo e Paraná. 

Nos rankings mundiais, o Brasil é vigésimo terceiro no beisebol masculino e décimo sexto no softbol feminino.


Fontes: Wikipedia em inglês, Clube Atlético Paineiras, Surto olímpico, CNN e globoesporte .com


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