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Com elementos novos no Pan, Lorrane Oliveira e Júlia Soares podem entrar para o código de pontuação da ginástica artística


Neste sábado (5), a seleção brasileira feminina de ginástica artística estreia no Campeonato Pan-Americano da modalidade. O Brasil deve contar com duas novidades na Arena Carioca 1: Lorrane Oliveira tem uma nova acrobacia no solo e Júlia Soares uma nova entrada na trave. Os dois elementos são inéditos e se as ginastas conseguirem realizá-los na competição, eles receberam seus nomes no código de pontuação.


Lorrane Oliveira, ginasta que participou dos Jogos Olímpicos Rio 2016, traz uma nova acrobacia no solo: um duplo twist carpado com meia volta. O salto é uma evolução do Dos Santos I (feito pela primeira vez em competição por Daiane dos Santos). A ginasta começa o elemento de costas, dá meia volta, completa dois mortais para frente na posição carpada e termina dando mais meia volta. O eventual “Oliveira” foi avaliado pelo comitê técnico da Federação Internacional de Ginástica (FIG) e terá seu grau de dificuldade divulgado após a competição



Na ginástica artística, cada elemento recebe uma letra no código de pontuação, correspondendo ao seu valor na nota de dificuldade. O “A” equivale a 0.1, o “B” a 0.2 e assim por diante, adicionando um décimo a cada letra. O Dos Santos I, por exemplo, tem grau de dificuldade F, valendo 0.6 na nota de partida da ginasta. 

Na trave, Júlia Soares apresentou uma nova entrada. Ela que é uma das caçulas da seleção apresentou no treino de pódio uma versão do chamado candle mount (entrada em vela, em inglês). Nesse tipo de entrada, a ginasta usa um trampolim para saltar em direção à lateral da trave ficando em uma posição esticada, lembrando a figura de uma vela. A variação da brasileira inclui meia pirueta no salto que leva até a trave. Assim como a acrobacia de Lorrane, o valor de dificuldade só será divulgado após a competição.

Para ter o nome no elemento é necessário que o atleta o faça com sucesso em uma competição internacional com a presença de um delegado da FIG. Atualmente, duas ginastas brasileiras têm seu nome no código de pontuação no feminino. A primeira foi Heine Araújo, com sua dupla pirueta para frente de saída da trave. O Araújo tem grau de dificuldade “D” e foi homologado por Heine no Mundial de 2002, na Hungria.

Os outros elementos com nome brasileiro são mais conhecidos do público: os famosos “Dos Santos”, no solo. Daiane dos Santos homologou o primeiro: o duplo twist carpado - no Mundial de 2003, nos Estados Unidos, onde foi campeã no solo. O Dos Santos I, lembrando, tem valor de dificuldade “F”.

Já o duplo twist esticado - o Dos Santos II - foi homologado na final do solo dos Jogos Olímpicos de Atenas 2004. O elemento tem dificuldade “H” e é o mais difícil salto para a frente do código de pontuação. Até hoje, apenas Daiane dos Santos executou o duplo twist esticado em competição. A última vez, foi na final do solo da Olimpíada de Pequim, em 2008.

Daiane executando o Dos Santos II em Pequim 2008

As brasileiras competem na fase qualificatória do Pan-Americano neste sábado (5) às 16h30, valendo vaga olímpica, além dos títulos por equipe e do individual geral. Lorrane Oliveira compete em todos os aparelhos, assim como Rebeca Andrade e Christal Bezerra. Júlia Soares se apresenta apenas na trave e nas barras assimétricas, enquanto Ana Luiza Lima faz solo e salto. O Canal Olímpico do Brasil e o SporTV transmitem a subdivisão do Brasil.


Foto de capa: Ricardo Bufolin/CBG

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