O ceticismo do povo japonês quanto à realização dos Jogos Olímpicos de Tóquio segue alto. Uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira (15) mostrou que mais da metade das empresas locais acredita que a Olimpíada, programada para ocorrer entre 23 de julho e 08 de agosto, deve ser cancelada ou adiada.
Encomendada pela Tokyo Shoko Research, a pesquisa foi conduzida de forma online entre 1º e 8 de fevereiro - antes da renúncia de Yoshiro Mori da chefia do Comitê Organizador dos Jogos - e contou com a participação de cerca de 11 mil empresas. Destas, 56% indicaram que o megaevento não deveria ocorrer este ano, devendo ser cancelado ou novamente adiado.
Apenas 7,7% das companhias responderam que os Jogos vão acontecer de forma completa, conforme o planejado este ano. Cerca de 20% indicaram que o megaevento poderia ser realizado com redução de público, enquanto 17% responderam que deveria acontecer com portas fechadas. Do total, 70% opinaram que o Japão sofrerá um grande impacto financeiro em caso da não realização dos Jogos.
Cabe lembrar que uma primeira pesquisa do tipo, envolvendo empresas japonesas, foi realizada em agosto do ano passado. Na ocasião, 53,6% das firmas diziam que os Jogos não deveriam acontecer e 22,5% acreditavam em sua realização de forma completa. Pouco mais de 18% acreditava em uma organização com público reduzido, e apenas 5,6% se mostravam "radicais", exigindo portas fechadas.
Outra pesquisa, organizada no último mês pela Kyodo News e envolvendo toda a população, mostrou que mais de 80% dos japoneses querem que os Jogos sejam cancelados ou adiados. Apesar da impopularidade e das polêmicas recentes, os organizadores se mantêm ativos em entregar os Jogos conforme o planejado.
Primeira vacina é aprovada no Japão e imunização começa na quarta-feira
Em meio à ondas turbulentas, uma notícia trouxe esperança para os japoneses e fãs dos esportes olímpicos. O Japão autorizou neste domingo a utilização de uma primeira vacina contra o coronavírus no país, a desenvolvida pela Pfizer/BioNTech. A imunização será iniciada na quarta-feira (17), com os profissionais da saúde.
Foto de capa: Kyodo
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