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Coluna Buzzer Beater - De LeBron e Anthony Davis, para Kobe




No último domingo (11), o  Los Angeles Lakers conquistou o seu décimo sétimo título da história. Foi um temporada louca, que levou um ano pra terminar por conta da pandemia de covid-19, mas ao menos terminou. E premiou a equipe que talvez mais quisesse vencer esse campeonato, com Lebron James provando mais uma vez que é um dos grandes, comandando um Lakers ávido por homenagear Kobe Bryant.


A temporada 2019/20 iniciou-se para LeBron James como uma vingança pessoal. Ele que ficou de fora dos playoffs na temporada passada após 13 participações seguidas, foi acusado de não conseguido liderar a garotada do Lakers, que não tinha mais a força de antes e ia começar o seu declínio técnico, que ele deveria ser trocado...Ele ouviu todas as críticas calado e se preparou insanamente, principalmente na parte física, para ser praticamente uma força da natureza quando fosse infiltrar no garrafão adversário.


 E foi o que ele fez. Aos 35 anos, 'Papai Lebrão' parecia um garoto, fisicamente, e comandando o ataque angelino, ora armando as jogadas, ora as concluindo, LeBron foi gigante e implacável. E no meio da temporada, a tragédia da morte de Kobe que abalou toda a liga, mas principalmente o Lakers, clube que o amava da mesma forma que Bryant o amou. E a partir dali, conquistar o título se tornou uma questão de honra por todos que vestiam aquela camisa amarela e roxa. Agora era por Kobe.


E se em 2016 ao conquistar o terceiro título de forma sensacional, LeBron James finalmente se tornou incontestável, seu quarto título o colocou no patamar das lendas. Afinal são pouquíssimos jogadores que conquistam títulos por 3 equipes diferentes e se mantém por 15 anos jogando por alto nível. Não vou entrar no mérito bobo se o LeBron é melhor do jogadores de outras épocas, eram basquetes jogados de formas diferentes, outros tempos, não tem como comparar. Mas o que podemos dizer com absoluta certa é que pós Kobe, LeBron é o maior expoente do basquete mundial, dentro e fora das quadras, principalmente pelo o que vimos em relação aos protestos contra a violência policial que eclodiram após a morte de George Floyd em maio.


Mas ele não venceu sozinho, ele teve um grande parceiro à altura, que foi Anthony Davis. um jogador absurdo ofensivamente e principalmente defensivamente. Rápido e versátil, ele se propôs a marcar Jimmy Butler e foi muito bem sucedido nos jogos 4 e 6. No ataque, mostrou uma força igual a de Lebron, pontuando até mais do que o MVP. Uma dupla que com um título só entrou pra história como entrou Shaq e Kobe no tricampeonato entre 2000 e 2002. Se ele tivesse ganho o prêmio de MVP no lugar de LeBron não seria injusto.


Outro grande fator para o título foi o técnico Frank Vogel. Em sua primeira temporada, mudou tudo no Lakers e fez uma franquia famosa por seu ataque envolvente - o showtime - ser conhecida por ter ótima defesa. Nos playoffs, o elenco de apoio foi fundamental na defesa, que sempre teve um antídoto defensivo para os jogadores sensacionais que enfrentou. Foi assim como Damian Lillard do Portland, James Harden e Russell Westbrook do Houston Rockets, Jamal Murray e Nikola Jokic do Denver Nuggets e Jimmy Butler do Miami Heat - o que deu mais trabalho para parar. 


Nomes como Rajon Rondo, Dwight Howard,(dois ex-all-stars que abraçaram o papel de coadjuvante com humildade e vontade)  Caldwell-Pope (que nunca mais será criticado pelo torcedor do Lakers), Danny Green (outro campeão por 3 times diferentes), Alex Caruso(Carushow), Javale McGee (eterno rei do Shaq'tin a fool) foram usados em determinados momentos para parar determinados jogadores e ainda aprontaram as suas no ataque e ajudaram muito o time em momentos cruciais.


Já o Miami Heat não pode sair de cabeça baixa dessa final. Fez o que pode, e talvez sem os problemas de Bam Adebayo e Goran Dragic no jogo poderia deixar essa série mais brigada. Mas o mais  importante é que esse time tem uma base fortíssima para o futuro bem próximo: Bam Adebayo, Tyler Herro e Duncan Robinson são jovens, talentosos e foram decisivos em muitos momentos cruciais para o  Miami nos playoffs, e com a tutela de nomes como Andre Iguodala e Jimmy Butler - que confirmou ser um jogadoraço nessas finais- podem evoluir, ainda mais se atrair alguns agentes livres de qualidade e deixar o time ainda mais forte.


Mas o que sabemos é que não importa o lado, a regra nesta década (pessoal de humanas a década só termina em 2020, lamento) é uma só: O time que quiser ser campeão da NBA vai ter que passar por cima de LeBron James. E ele aos 35 anos, não parece dar sinal de que vai pisar no freio...


foto:Divulgação



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