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Vice-presidente do COI não acredita em punição ao Irã por execução de Navid Afkari: "Não teve relação com esporte"


Ao que tudo indica, a pressão em cima do Comitê Olímpico Internacional (COI) para que o Irã seja punido por conta da execução do wrestler Navid Afkari não deverá surtir efeito. Pelo menos é o que acredita John Coates, vice-presidente da entidade. 

Em entrevista ao jornal The Sydney Morning Herald, o dirigente, que também é presidente do Comitê Olímpico da Austrália (AOC), disse que o COI enfrentaria dificuldades para impor a exclusão do Irã em eventos esportivos. Thomas Bach, presidente do Movimento Olímpico, deverá levar o assunto à mesa na próxima reunião do Conselho Executivo, no próximo mês.

"Nós conversamos sobre isso em minha reunião regular com o presidente. Na semana anterior, ele havia escrito ao governante supremo, o presidente (do Irã). Tínhamos participado de outras tentativas. A dificuldade para nós é que essa execução não teve relação com esporte", argumentou Coates.

"Ele foi certamente um grande atleta. E a outra dificuldade, é claro, é que provavelmente 50 dos Comitês Olímpicos Nacionais vêm de territórios que ainda têm pena de morte. Temos recebido dois lados da história para saber se ele teve uma chance justa ou não", seguiu o dirigente.

O australiano lembrou ainda de outras punições ao país, mas por questões esportivas. O dirigente acredita que o caso de Navid é diferente.

"Tivemos dificuldades com os iranianos antes em eles não participarem ou se retirarem da competição. Eles não participaram contra Israel e nós os suspendemos por causa dessas violações esportivas antes. Mas esta é uma situação diferente. Este é alguém que foi acusado de homicídio. Há diferentes versões sobre o que aconteceu e diferentes versões sobre se ele teve ou não um julgamento justo", disse.

O movimento internacional de atletas conhecido como Global Athlete demandou que o Comitê Olímpico Internacional (COI) e a Federação Mundial de Wrestling (UWW) expulsem o Irã de seus quadros depois da execução do lutador iraniano Navid Afkari no último sábado.

O wrestler Navid Afkari participou de protestos contra o governo iraniano e foi acusado de assassinar um guarda. Ele recebeu duas penas de morte por isso,  mas alegou ter sido torturado e obrigado a fazer uma confissão falsa, e os grupos de direitos humanos e ativistas acreditam que ele foi escolhido como alvo pelo governo iraniano para intimidar outros que pensem em participar de protestos pacíficos. Apesar dos protestos de várias entidades, Afkari foi executado no último sábado.

Foto: Twitter/ UN Watch

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