Últimas Notícias

Surto de A a Z: o circuito feminino de golfe


Assim como no caso do golfe masculino, no feminino a organização que conta com maior prestígio é a norte-americana, conhecida como LPGA (Associação de Golfe Profissional Feminino). Várias entidades de golfe levam este nome somado a designação geográfica do local. 

Neste ano, a instituição completa 70 anos de existência, sendo a organização esportiva profissional feminina nos Estados Unidos mais antiga. 

Um fato marcante ocorreu em 2010, quando algumas regras do circuito foram modificadas para que aceitassem a participação de atletas transgênero no circuito feminino. 

No entanto, a ação não ocorreu de forma espontânea e sim porque a atleta Lana Lawless, uma mulher trans, abriu um processo contra a LPGA, outras organizações da modalidade e dois dos maiores patrocinadores de golfe, para que fosse garantido o direito de disputar o circuito. 

Lana ganhou o processo e a mudança no estatuto foi realizada em 2010. 

Torneios e circuitos

A LPGA nos Estados Unidos conta com 32 torneios, sendo que 20 são disputados no próprio país e outros 12 são disputados fora do território estadunidense. A premiação em dinheiro no ano passado, antes da pandemia de coronavírus, ultrapassou a marca de US$ 70 milhões. 

Outra semelhança entre a PGA e a LPGA está no circuito de desenvolvimento. Enquanto a liga masculina tem o Korn Ferry Tour, a feminina tem a Symetra Tour, que serve como preparação para que as atletas consigam atingir o nível de jogo do circuito principal de golfe. Este tour conta com aproximadamente 20 eventos por ano. 

A LPGA tem circuitos na Europa, Japão, Coreia do Sul e Austrália. No momento a única brasileira competindo profissionalmente é a golfista Luiza Altmann, variando entre circuito europeu e coreano nos últimos anos. Confira a entrevista dela para o Surto Olímpico

Brasil na LPGA - Angela Park

Foto: Luiz Carlos Murauskas
Você sabia que uma brasileira já foi vice-campeã do US Women's Open de golfe, um dos cinco Majors da modalidade? É isso mesmo. O feito foi alcançado por Angela Park em 2007, quando ela chegou até a liderar o torneio durante dois dos quatro dias. No ano seguinte ela ficou em terceiro lugar no US Women's Open. 

Angela é naturalizada norte-americana, possuindo dupla cidadania. Ela deixou o Brasil aos oito anos com seus pais sul-coreanos. Em 2007, no seu segundo ano de carreira, ela foi eleita a caloura do ano na LPGA, sendo esse a única honraria já conquistada por uma atleta brasileira no circuito de golfe. 

Apesar de não ter conquistado nenhum grande título, a brasileira figurou em 2007 entre as 15 melhores golfistas do mundo. Porém, em 2010 ela anunciou sua aposentadoria. 

A atleta retornou aos campos em meados de 2012, visando os Jogos Olímpicos Rio 2016, evento que marcou a volta do golfe à Olimpíada, porém o desempenho não foi mais o mesmo e ela retirou-se do esporte. 

Ranking mundial de golfe feminino

O ranking é baseados nas performances das oito principais turnês de golfe pelo mundo LPGA, JLPGA (Japão), KLPGA (Coreia do Sul), LET (Europa), ALPG (Austrália), Symetra Tour, LETAS (Europa), CLPGA (China) durante um período de dois anos. 

O sistema para calcular os rankings é semelhante ao usado no ranking masculino. As jogadoras recebem pontos pelo desempenho. Este número de pontos disponíveis em cada evento depende da força do campo, determinada pela classificação das competidoras que participam do campeonato.  

As únicas exceções são em relação aos Majors e a todos os eventos Symetra Tour, CLPGA e LETAS, que possuem uma pontuação fixa. As pontuações são gradativamente reduzidas, de modo que os resultados recentes são mais importantes.

A atual líder do ranking mundial é a sul-coreana Jin Young Ko, que tem uma média quase três pontos acima das demais adversárias na classificação, com 8,44 pontos. 

Os Majors

Diferentemente do golfe masculino, o feminino conta com cinco Majors, o conjunto dos torneios mais importantes da modalidade. São eles: ANA Inspiration, US Women's Open, Women's PGA Championship, The Evian Championship e Women's British Open. A campeã desses torneios ganha 100 pontos para  ranking mundial.  

A maior campeã de Major feminino é a ex-golfista Patty Berg, com 15 conquistas entre os anos 40 e 60. Ela faleceu em 2006, aos 88 anos.

Entre as atletas em atividade, a sul-coreana Inbee Park é a maior campeã, com sete troféus. ela atualmente ocupa a 11ª posição no ranking mundial de golfe feminino.

Surte + Confira os outros especiais sobre Golfe publicados nesta semana:

07/07- Surto de A a Z: aprenda mais sobre o golfe
08/07- Surto de A a Z: os brasileiros do golfe, parte 1
09/07- Surto de A a Z: os golfistas do Brasil, parte 2
10/07- Surto de A a Z: os circuitos masculinos de golfe


Foto: Eric Bolte/Reuters

0 Comentários

.

APOIE O SURTO OLÍMPICO EM PARIS 2024

Sabia que você pode ajudar a enviar duas correspondentes do Surto Olímpico para cobrir os Jogos Olímpicos de Paris 2024? Faça um pix para surtoolimpico@gmail.com ou contribua com a nossa vaquinha pelo link : https://www.kickante.com.br/crowdfunding/ajude-o-surto-olimpico-a-ir-para-os-jogos-de-paris e nos ajude a levar as jornalistas Natália Oliveira e Laura Leme para cobrir os Jogos in loco!

Composto por cinco editores e sete colaboradores, o Surto Olímpico trabalha desde 2011 para ser uma referência ao público dos esportes olímpicos, não apenas no Brasil, mas em todo o mundo.

Apoie nosso trabalho! Contribua para a cobertura jornalística esportiva independente!

Digite e pressione Enter para pesquisar

Fechar