A Unidade de Integridade do Atletismo (AIU, na sigla em inglês) anunciou nesta quinta-feira (23) a suspensão provisória de quatro corredores quenianos por violações antidoping. Entre eles, está o campeão mundial dos 1500m no Campeonato Mundial de Atletismo de 2017, Elijah Manangoi.
Manangoi foi suspenso provisoriamente por "falha do paradeiro". Os atletas devem fornecer aos oficiais de doping locais a serem disponibilizados para testes fora do período de competição. Três testes perdidos em um período de 12 meses, como ocorreu com Manangoi, podem levar a uma suspensão, mesmo que o atleta nunca tenha testado positivo.
O corredor não conseguiu defender seu título mundial em 2019 devido a uma lesão. Desde julho de 2017, ele é o único homem a derrotar o também queniano Timothy Cheruiyot nos 1500m, fazendo isso cinco vezes. Cheruiyot ganhou o título mundial de 2019 e é favorito ao ouro nos Jogos Olímpicos de Tóquio.
The AIU confirms a provisional suspension against middle-distance runner Elijah Manangoi of Kenya for whereabouts failures, a violation of the @WorldAthletics Anti-Doping Rules.— Athletics Integrity Unit (@aiu_athletics) July 23, 2020
👁️ ➡️ https://t.co/opInfkVlnV #AIUNews#CleanSport pic.twitter.com/QbRNRpPMIb
Surte + Por possível doping, IWF suspende provisoriamente russo bicampeão europeu no levantamento de peso
Além de Manangoi, Patrick Siele, especialista em meia-maratona que venceu as edições de 2018 das corridas de Agadir e Bucareste, também foi suspenso provisoriamente por fugir, recusar ou não enviar uma amostra para testes. Kenneth Kiprop Kipkemoi, vencedor da Maratona de Roterdã 2018, recebeu uma proibição de dois anos após testar positivo para a substância proibida terbutalina.
Uma quarta queniana, Mercy Jerotich Kibarus, recebeu uma proibição de oito anos após testar positivo para a 19-norandrosterona por cometer sua segunda violação antidoping em cinco anos. Kibarus era membro da equipe do Quênia que ganhou a medalha de ouro da equipe no Campeonato Mundial de Meia Maratona da Associação Internacional das Federações de Atletismo de 2014, em Copenhague. Anteriormente, ela venceu a Maratona de Veneza em 2013 e a Maratona de Taiwan em 2016. Agora com 36 anos, o banimento efetivamente encerra sua carreira.
Essas sanções prejudicam ainda mais a reputação do atletismo queniano, com mais de 55 atletas do país atualmente listados como inelegíveis pelo banco de dados da AIU. No início do mês, a entidade já havia decretado a suspensão do ex-recordista mundial da maratona, Wilson Kiprotich, também por falhas no paradeiro.
O Quênia é considerado pela AIU como um dos países com maior risco de violações de antidoping, figurando na categoria A da entidade nesse quesito, junto a países como Etiópia, Ucrânia e Bahrein.
0 Comentários