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Organizadores de Tóquio-2020 procuram novos patrocinadores após adiamento


Os organizadores dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio necessitam expandir seus recursos financeiros para lidar com os elevados custos extras gerados pelo adiamento do megaevento em um ano. Os japoneses correm o risco de perder patrocinadores e, por isso, querem iniciar logo conversas com as empresas locais para buscar novos parceiros de investimento, além de estender os acordos já firmados.

"Estamos planejando começar a nos reunir com essas empresas, incluindo o acordo e o conteúdo do contrato, em um futuro muito próximo", disse Masa Takaya, porta-voz do Comitê Organizador, em conferência de imprensa nesta semana. "Estamos dando nosso máximo para procurar outras potenciais empresas parceiras".

Numa pesquisa recente da rede japonesa NHK, que contatou grande parte das empresas parceiras do Comitê Olímpico Internacional (COI) e dos Jogos de Tóquio, dois terços dos patrocinadores ainda estão em dúvida se renovarão seus contratos para o próximo ano, ainda com a incerteza sobre a realização da Olimpíada. Apenas 14% garantiram que manterão seus patrocínios.

De acordo com o portal especializado insidethegames, as empresas locais já investiram mais de U$ 3,3 bilhões (cerca de R$ 18 bi na cotação atual) na marca Tóquio-2020, um número que é duas vezes maior que o distribuído pelos parceiros brasileiros nos Jogos Olímpicos da Rio 2016. 

Este valor representa quase 60% do total do orçamento operacional dos organizadores. Outros 14% vêm da venda de ingressos, mas este ponto pode estar em risco com a possível redução de espectadores nos Jogos se a pandemia não estiver controlada até o próximo ano. Por isso, mais do que nunca, os japoneses precisam de empresas que estejam dispostas a "colocar a mão no fogo" e acreditar na realização do megaevento.

As empresas já parceiras de Tóquio-2020 serão solicitadas a inserir ainda mais dinheiro nos Jogos. Já foi garantido que os 11 principais parceiros olímpicos do COI elevarão seus patrocínios para ajudar os organizadores nas caras contas.

Segundo estimativas do Nikkei Asian Review, a reorganização dos Jogos custará um total de US$ 2,7 bilhões (R$ 14,8 bi) adicionais ao orçamento original de U$ 12,6 bilhões (R$ 69 bi) para os organizadores. O COI já disponibilizou U$ 650 milhões para serem gastos de sua parte nos custos gerados pelo adiamento.

Foto: AFP/JIJI

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