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COI espera gastar 800 milhões de dólares com o adiamento de Tóquio-2020


O Comitê Olímpico Internacional (COI) já tem noção do quanto vai custar o adiamento dos Jogos Olímpicos de Tóquio. O presidente da entidade, Thomas Bach, anunciou nesta quinta-feira, 14, que o COI espera gastar U$ 800 milhões (cerca de R$ 4,7 bilhões na cotação atual) em custos adicionais referentes à reorganização do megaevento.

Do valor total desse montante, U$ 150 milhões serão utilizados para fortalecer o Movimento Olímpico, auxiliando as federações internacionais e os comitês olímpicos nacionais. Já o restante dos U$ 650 milhões será destinado às despesas operacionais da organização.

"Prevemos que teremos de arcar com custos de até US $ 800 milhões por nossa parte e responsabilidades na organização dos Jogos adiados Tóquio 2020 ", disse Bach em uma teleconferência após a reunião do Conselho Executivo do COI que aprovou o pacote de gastos totais.

Vale lembrar que, em março, COI e governo japonês decidiram adiar os Jogos Olímpicos de Tóquio, por conta da pandemia do coronavírus, que hoje registra mais de 300 mil mortes em todo o mundo. Desde lá, esta é a primeira vez que o COI divulga os valores precisos sobre os custos extras relacionados à transferência de datas.

O presidente do COI, Thomas Bach (Fabrice Coffrini/AFP)
Algo que o COI já tinha anunciado era a ajuda financeira às federações internacionais após o adiamento. Muitas federações serão beneficiadas com o auxílio do COI, porque além de sofrerem com o adiamento dos Jogos, estão sem competições devido à pandemia, o que diminui suas receitas e agrava as crises.

"Estamos muito avançados nessas discussões e continuaremos a ajudar", disse o presidente. Na confirmação de hoje, no entanto, não ficou claro como as federações internacionais poderão solicitar o financiamento, nem se haverá um limite por entidade para os U$ 150 milhões destinados a elas.

Custos japoneses e Comitê Organizador

A questão dos custos adicionais tem gerado dor de cabeça para os organizadores desde que os Jogos foram adiados. A situação foi motivo de uma polêmica no mês passado entre COI e Japão. A entidade publicou um comentário em seu site oficial, que dizia que o primeiro-ministro japonês tinha concordado em arcar com os custos adicionais dos Jogos, mas foi obrigada a remover a postagem após pedido dos governantes japoneses, que se mostraram insatisfeitos.

Bach não revelou os valores dos novos gastos dos japoneses, que devem ser muito maiores que os do COI. "O que vocês viram hoje, esse envelope de US $ 800 milhões, é a avaliação do lado do COI. Essa discussão com o Comitê Organizador (dos Jogos de Tóquio) continuará da maneira que concordamos", disse ele.

Reprogramar o megaevento também é outro grande problema para os organizadores. Bach revelou que, neste momento, a prioridade é garantir todas as instalações olímpicas, incluindo a locais esportivos, Vila Olímpica e os centro de mídia, por mais um ano. “Esta não é uma tarefa fácil. Nossos amigos japoneses estão trabalhando com força total nisso ”, afirmou.

O presidente também se recusou a falar sobre a possibilidade de um novo adiamento dos Jogos, se a pandemia permanecer até o próximo ano e impedir sua celebração. Alguns especialistas já disseram que a Olimpíada só acontecerá com uma vacina, mas Bach despistou.

"Agora estamos trabalhando com total engajamento para o sucesso de Tóquio 2020 em 2021 e para ter esses Jogos em um ambiente seguro para todos os participantes. Estamos a um ano e dois meses da abertura desses Jogos Olímpicos adiados. Não devemos alimentar nenhuma especulação sobre qualquer desenvolvimento futuro", finalizou.

Foto: AFP

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