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Auxílio financeiro do COI às federações internacionais é um adiantamento das receitas de Tóquio-2020


O diretor executivo da Associação das Federações Olímpicas Internacionais de Verão (ASOIF), Andrew Ryan, revelou que os valores retirados pelas federações internacionais do fundo de U$ 150 milhões (R$ 854 milhões), criado pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) na última semana, serão descontados de suas partes da receita final dos Jogos de Tóquio, que acontecerão em 2021.

Sem dar muitos detalhes, o COI anunciou um pacote de U$ 800 milhões (cerca de R$ 4,6 bilhões) para serem gastos com o adiamento de Tóquio-2020. Desses, U$ 150 milhões devem ser distribuídos às federações internacionais e aos comitês olímpicos nacionais, como forma de aliviar os impactos financeiros causados pela pandemia do coronavírus. O restante dos U$ 650 milhões deve ser gasto com custos operacionais da reorganização.

Ryan garantiu ao portal insidethegames que as parcelas recebidas pelas federações internacionais "serão deduzidas das participações na receita no final do próximo ano", ou seja, será uma espécie de adiantamento. Todas as entidades esportivas  envolvidas com os Jogos Olímpicos terão direito ao benefício, com exceção da Aiba (Associação Internacional de Boxe), que está suspensa.

Muitas federações internacionais estão enfrentando problemas com fluxos de caixa durante a crise sanitária. Além de não ter competições, canceladas ou adiadas pela pandemia, as entidades esportivas perderam sua principal fonte de receita do ano, que seria a Olimpíada de Tóquio. O COI distribui uma parcela milionária a cada federação olímpica após a participação no megaevento.

Algumas entidades, por outro lado, já afirmaram que conseguirão superar a crise sem auxílio financeiro, como é o caso da Federação Internacional de Handebol (IHF) e da Federação Internacional de Halterofilismo (IWF).

"Não temos números precisos para isso, mas ficou claro que as federações internacionais que estão sob maior pressão financeira são aqueles com receitas significativas de suas próprias competições que foram adiadas para 2021 ou até 2022. Isso representa um desafio de fluxo de caixa que é agravado pelo atraso de um ano na participação nas receitas de Tóquio-2020", disse Ryan.

Também pensando em auxiliar às federações, o governo da Suíça e o COI lançaram um programa de empréstimos disponível a todas as entidades com sede em território suíço, com exceção da FIFA. Ryan confirmou que os valores oferecidos serão isentos de juros e que muitas entidades já utilizaram a ferramenta.

"Sabemos que um número significativo de nossos membros não solicitou nenhum apoio adicional ao COI, mas vários se beneficiaram dos esquemas de apoio para funcionários por empréstimos", falou o diretor executivo.

Foto: Gregory Bull/AP Photo

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