Após médicos japoneses falarem que seria muito difícil para o Japão receber os Jogos Olímpicos de Tóquio no próximo ano sem que uma vacina contra o coronavírus fosse encontrada, um membro da organização do megaevento rebateu os comentários nesta quarta-feira, 29. John Coates, chefe da Comissão de Coordenação do Comitê Olímpico Internacional (COI) para Tóquio-2020, disse que uma vacina não será essencial para a celebração dos Jogos. Ele garantiu que a organização continua com o planejamento mantido, seguindo ordens da Organização Mundial da Saúde (OMS).
"Eu vi a opinião. Mas os conselhos que estamos recebendo da OMS dizem que devemos continuar planejando nessa data e é isso que estamos fazendo, e que não depende de uma vacina", disse Coates à Associated Press da Austrália.
Antes dos médicos japoneses, a professora de saúde pública global da Universidade de Edimburgo, Devi Sridhar, já havia dito que é irreal pensar na realização dos Jogos sem que uma vacina contra o vírus esteja disponível. No entanto, a docente está otimista para que a vacina, já em desenvolvimento, fique pronta em menos de 12 meses.
"Uma vacina seria ótimo. Mas continuaremos a ser guiados, como devemos, pela OMS e pelas autoridades de saúde japonesas, porque nisso tudo, a saúde e o bem-estar dos atletas e dos outros envolvidos nos Jogos são a prioridade número um", completou Coates à AP.
Originalmente programados para 2020, os Jogos Olímpicos de Tóquio foram transferidos para 2021 por conta da pandemia do coronavírus. O temor de que a pandemia impeça a realização do megaevento no próximo ano é grande. O presidente do Comitê Organizador, Yoshiro Mori, afirmou que os Jogos serão cancelados caso não tenham condições de acontecer no próximo ano ainda por conta da Covid-19.
Foto: Kazuhiro Nogi/AFP
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