Cerca de 340 crianças japonesas não poderão participar do revezamento da tocha olímpica como forma de precaução contra a propagação do novo coronavírus. De acordo com o chefe da organização de Tóquio-2020, Yoshiro Mori, a restrição se deve às cerimônias de chegada da tocha na Grécia e no Japão.
Foram confirmados seis mortes pela Covid-19 no país-sede da Olimpíada deste ano. Até o momento, 461 casos de infectados foram registrados e a epidemia parece estar controlada dentro do território nipônico.
Ainda assim, toda forma de precaução é válida, uma vez que é sabido que os relatos mais fatais da doença ocorrem em pessoas com baixa imunidade, como idosos, gestantes e crianças.
A tocha olímpica será acesa em Olímpia em uma cerimônia reduzida, em 12 de março. Vale lembrar que esta será a primeira vez na história que o revezamento será iniciado por uma mulher. A atiradora grega Anna Korakaki iniciará o percurso com a tocha em solo grego.
Um revezamento de sete dias culminará com uma cerimônia de entrega em Atenas, na qual 140 crianças japonesas estavam programadas para participar. Outras mais 200 participariam na chegada ao Japão em 20 de março.
"As crianças praticaram muito duro para as cerimônias, então lamentamos muito por isso. Vamos tentar fazer as pazes com eles durante os Jogos ", disse Mori.
Corredores e funcionários envolvidos no revezamento também terão sua temperatura e saúde monitoradas. Mori confirmou que a participação do público no evento pode ser restringida.
Chegando no Japão, a tocha percorrerá as 47 cidades japonesas, começando pelo nordeste do país (Tohoku), onde se localiza a cidade de Fukushima, local atingido por um acidente nuclear, após um terremoto e tsunami, que vitimou mais de 16 mil pessoas. A organização de Tóquio-2020 já considerou reescalonar o percurso por causa do novo coronavírus.
O revezamento vai ser finalizado no Novo Estádio Nacional de Tóquio, no dia 24 de julho, dando início oficialmente aos Jogos Olímpicos.
Jogos Olímpicos acontecerão normalmente
Mais uma vez, a organização afirmou que o planejamento dos Jogos Olímpicos está ocorrendo normalmente. Quando perguntado em entrevista coletiva na última sexta, 06, Yoshiro Mori afirmou ser "impossível" um possível cancelamento do evento. Ele disse, no entanto, que seria necessário estar flexível para situações inesperadas até julho.
Foto: Charly Tiballeau/AFP
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