Aída dos Santos voltou das olimpíadas de Tóquio em 64 como celebridade. Foi capa de jornais, deu entrevistas, ouviu promessas de que enfim teria apoio para ser uma esportista ainda melhor. Mas isso acabou ficando somente no campo das promessas. um ano depois, Aída já se via na mesma rotina de trabalho-estudo-treino sem apoio nenhum, do mesmo jeito que aconteceu antes dos jogos olímpicos.
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Competindo pelo Botafogo, Aída sempre disputou a prova do pentatlo (que só passou a ser heptatlo a partir de 1981) para dar mais pontos à sua equipe nas competições. Mas conforme foi disputando as provas do 100m c/barreiras, os 200m rasos, o arremesso de peso, o salto em distância e o salto em altura, ela foi tomando gosto e conseguindo bons resultados, tão bons resultados que a credenciaram para a disputa da prova nos jogos Pan-americanos de Winnipeg em 1967
Mas ela também estava qualificada para sua prova principal, o salto em altura. Mas ela acabou não indo bem e ficou fora do pódio. Mas na prova do pentatlo, Aida mostrou sua força e conquistou a medalha de bronze. No fraco desempenho do Brasil no atletismo ela foi responsável pelas únicas medalhas do pais no pan (a outra medalha do Brasil no atletismo foi de Nélson Prudêncio no salto triplo).
Aida então resolveu se especializar de vez no esporte e foi aos jogos olímpicos do México apenas no pentatlo, onde terminou em vigésimo lugar. Nos jogos Pan-americanos de Cali em 1971, ela conquistou novamente o bronze e tinha se garantido nos Jogos de Munique em 1972, quando uma entrevista em que ela expôs toda falta de apoio dos dirigentes brasileiros a ela, a fez ser cortada do grupo que iria a Alemanha.
Aida foi por 32 anos a dona do melhor resultado de uma brasileira em Jogos olímpicos e viu sua filha Waleskinha conquistar uma medalha de ouro no vôlei, esporte que sempre amou e não pode praticar.
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