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Foto: Fotojump/Brasil Rugby |
Nascido na Grã-Bretanha e morando no Brasil há 19 anos, Will Broderick é técnico das Yaras, a seleção feminina de rugby sevens, desde 2020, quando foi contratado para o que ele mesmo ser a maior honra da sua carreira. Ele pegou a responsabilidade e com a ajuda de suas comandadas, trouxeram resultados inéditos para o Brasil.
Agora, em seu primeiro ciclo olímpico completo, ele está entrosado com seu elenco e não tem palavras para agradecer ao fato de ser o treinador delas. Neste ciclo, o time chegou ao top-10 mundial, conquistou uma sétima colocação em uma das etapas do Circuito Mundial, o melhor resultado brasileiro na competição, foi bronze no Pan de Santiago-2023 e pegou a vaga para os Jogos Olímpicos de Paris-2024 vencendo todos no Pré-Olímpico Sul-Americano.
Por isso, Will é claro quando fala sobre as Yaras, ele se sente honrado por treina-las e afirma que é o melhor trabalho de sua carreira.
"É a maior honra da minha carreira, é algo que levo muito a sério, eu tento levar sério , mas sem me levar tanto, eu gosto de brincar com elas às vezes. Eu gosto de estar leve, quando eu posso, mas é uma responsabilidade enorme (treinar as Yaras) e é algo que eu eu não sei como agradecer o suficiente a oportunidade", contou o treinador.
Nessa convocação, o técnico chamou também algumas novatas, como Anne Santos, que ainda não jogou pela seleção, mas encantou o técnico, que ressalta já estar pensando no futuro do time, visando já a próxima temporada e até os próximos "Jogos Olímpicos", deixandoo um trabalho já encaminhado para seu sucessor (a).
"É muito importante que a gente pense não só no agora, mas quem vai manter o nome Yara evoluindo nos próximas anos, então ter meninas que estão se preparando e competindo para uma vaga olímpica, garante que daqui a dois ou três anos, a gente vai ter meninas jogando esse esporte de cada vez mais para cima. Ter um time com uma menina de 20 anos treinando com uma 33 anos é muito importante para o crescimento a longo prazo do equipe para as próximas Olimpíadas e o próximo circuito Mundial, é nisso que a gente está pensando".
Na Rio-2016, estreia do rugby sevens nos Jogos, as brasileiras ficaram na nona colocação e em Tóquio-2020 ficaram na 11ª posição.
O treinador sempre fala em evolução, mas não nega que fica incomodado com pontos sofridos. Ele até citou que os quatro pontos levados na etapa de Madri, a última do Circuito Mundial, os irritam até hoje, mas em relação a meta de resultado para Paris-2024, ele é claro, mostrar o nosso melhor jogo.
"Quando falo em ganhar, falo em sempre querer mais, fazer mais pontos contra um time, às vezes querer mais é mostrar algo um pouquinho diferente, nossas armas, nossa evolução em cada torneio, cad jogo. Então para as Olimpíadas, estou pensando muito mais sobre como a gente pode mostrar cada vez mais a nossa evolução, o que a gente fez no circuito. Os resultados, vitórias ou derrotas, eles são o fim de um processo", concluiu o técnico.
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