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Após reclassificação considerada injusta, nadadora paralímpica anuncia migração para o atletismo visando Los Angeles 2028

Marcello Zambrana/Exemplus/CPB


Susana Schnarndorf  vai ter um novo desafio pela frente. Após ser reclassificada duas classes acima do que estava competindo em novo exame feito por classificadores em uma etapa da world Series de natação paralímpica e ter o sonho de estar em Paris encerrado, a nadadora  de 56 anos resolveu  desistir de brigar para nadar na antiga classe e anunciou nas redes sociais, que vai migrar para outra modalidade: o atletismo.

Susana, que foi triatleta com presença constante no ironman, até descobrir aos 37 anos uma doença degenerativa incurável, a MSA (múltipla falência dos sistemas), falou que após ficar muito triste e desanimada com os critérios usados para ser reclassificada, decidiu mudar de modalidade, onde vai correr na categoria Petra, para atletas com deficiência grave de coordenação motora 

"Quero dizer que o sonho de Paris acabou para mim, mas outro sonho começa. Fiz os testes no atletismo, o pessoal me recebeu super bem e eu to gostando demais. A paralimpiada de Los Angeles é daqui a quatro anos e espero estar lá. " disse Susana nas redes sociais

Susana, que tinha começado a competir no paradesporto em 2010, vinha sendo reclassificada para classes mais baixas conforme sua doença degenerativa avança. mas como relatado por ela, em fevereiro de 2024 ela pela primeira vez subiu duas classes, da S3 para S5:

"Eles conseguiram fazer minha doença melhorar, me fazendo subir duas classes. Eles estavam muitos nervosos, fizeram tudo diferente do que eu estava acostumado e me subiram da classe S3 para S5.Fiquei arrasada, pois nessa classe não tenho chance nenhuma de ir bem nas provas. Paris ficou só no sonho e entrei em uma fase bem ruim, com reunião pra cá, reuniaão pra lá e nada. três anos de treinamento pra nada" lamentou Susana, que por conta das limitações impostas pela doença, não ocnsegue mais fazer o nado borboleta 

A classe Petra, também chamada de Frame running, é representada pelas classes T71 e 72, e fará sua estreia em Paris neste formato - antes eram três categorias com as legendas RR 1,2 e 3.  Atualmente, o principal atleta brasileiro nesta categoria é o jovem Vinícius Quintino, prata nos 100m

Susana, que graças ao esporte conseguiu aumentar sua expectativa de vida - pessoas com a mesma doença tem em média entre 5 e 10 anos de expectativa de vida e Susana já está há quase 19 anos convivendo com a doença , faz planos para mais uma participação paralímpica, que seria a quarta da sua carreira: "Vi o joaquim cruz ganhando os 800 metros lá e foi muito emocionante. E quem sabe eu consiga fazer algo tão bonito lá daqui a quatro anos"

Confira abaixo a declaração na íntegra de Susana Schnarndorf:





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