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Foto: Angel Rivera |
O Comitê Olímpico da Rússia parece ter lançado uma campanha contra seus tenistas, que são os atletas russos mais ativos e bem-sucedidos em competições internacionais, apesar das sanções esportivas devido à intervenção militar na Ucrânia. O presidente do Comitê, Stanislav Pozdniakov, os rotulou como 'agentes estrangeiros', argumentando que passam a maior parte do tempo fora do país, competem individualmente e criticam o que ele chama de 'operação militar especial' na Ucrânia. Ele acredita ser mais apropriado chamá-los de uma 'equipe de agentes estrangeiros' para facilitar sua participação nos Jogos Olímpicos.
Em defesa dos tenistas, o presidente veterano da Federação de Tênis da Rússia (FTR), Shamil Tarpíschev, lembrou que "eles estão cumprindo o trabalho ao qual dedicaram suas vidas e nunca traíram o país". Ele enfatizou que nenhum tenista renunciou à cidadania russa, ao contrário de outras modalidades esportivas onde ocorreram mudanças de nacionalidade antes da invasão, como no caso de Elena Rybakina e outros. Tarpíschev também observou que, ao competirem e vencerem, "eles representam o país. Todos reconhecem que os vencedores são russos, mesmo competindo sem bandeira".
Essa questão ressalta o aspecto superficial da exigência da ATP e da WTA de que os tenistas compitam como 'neutros'. Tarpíschev também elogiou a postura da ATP e da WTA de manter a política fora do esporte e ressaltou que nenhum tenista se recusou a enfrentar um representante russo, embora tenham ocorrido algumas tensões.
Por outro lado, os principais tenistas russos e bielorrussos - país aliado da Rússia na invasão da Ucrânia - não expressaram apoio direto à invasão. A maioria permanece em silêncio, embora também tenham sido ouvidos apelos pela paz que não estão alinhados com o governo de Vladimir Putin.
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