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| Foto: Ale Cabral/CPB |
No último dia do Open Internacional Loterias Caixa de Atletismo, a atleta Zileide Cassiano, de Ribeirão Preto, estabeleceu um novo recorde continental. Este foi o último de 13 recordes que foram estabelecidos na pista e no campo do Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro em São Paulo, desde o primeiro dia do evento, em 18 de abril. Do total de recordes, oito foram brasileiros e cinco das Américas.
A competição contou com a participação de 161 atletas de 15 unidades federativas do Brasil, além de competidores dos Estados Unidos, Uruguai e Argentina. Esta é a penúltima competição no Centro de Treinamento Paralímpico antes do Campeonato Mundial de Kobe, no Japão, que ocorrerá de 17 a 25 de maio. No domingo, 28 de abril, está programada a terceira etapa do Desafio CPB/CBAt, na pista e no campo do CT Paralímpico, em São Paulo.
No final da manhã deste sábado, 20, Zileide Cassiano alcançou a nova melhor marca do continente no salto em distância da classe T20, para atletas com deficiência intelectual. Em sua terceira tentativa, ela atingiu 6,19m, superando os 5,97m de julho do ano passado, durante o Mundial de Atletismo de Paris, onde conquistou a medalha de prata.
Ela se destaca ainda mais como a melhor do ranking mundial na temporada 2024, posição que ocupa desde 3 de março, quando saltou 5,90m, durante o Desafio CPB/CBAt, no Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro, em São Paulo. A segunda colocada no ranking mundial também é brasileira: a acreana Débora de Lima, do clube IEMA-SP, saltou 5,88m neste sábado e superou seus 5,85m do final de março, também em São Paulo, até então sua melhor performance na temporada.
O resultado da competidora do clube SME-RP-SP neste sábado a colocou a apenas dois centímetros do recorde mundial nesta classe. No Mundial de atletismo de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, em 2019, a polonesa Karolina Kucharczyk saltou 6,21m.
Zileide, 26, cuja deficiência intelectual foi diagnosticada aos seis anos de idade, expressou seu entusiasmo após o feito: "Ficou com gostinho de quero mais. Dá para chegar neste recorde mundial, com certeza. Mas eu saio feliz, eu venho treinando bem e queria colocar em prática." Ela descobriu o esporte paralímpico por incentivo de um treinador da sua cidade. Após o dia 10 de maio, ela fará parte da seleção brasileira que disputará o Mundial de Kobe.
Outro destaque do sábado foi o recorde das Américas no arremesso de peso da classe F37, conquistado pelo fluminense Emanoel Oliveira, com 14,50m. O atleta do clube Correr Bem-RJ superou os 14,45m de João Victor Teixeira, durante os Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020, quando conquistou a medalha de bronze para o Brasil.
Na quinta-feira, 18, primeiro dia da competição, foram registrados quatro recordes brasileiros, incluindo o paraibano Joeferson Marinho, da classe T12 (deficiência visual), que bateu o recorde nacional dos 100m com a marca de 10s66; e Jorge Souza, o “Choco”, quebrando o recorde brasileiro no lançamento de dardo F13 (deficiência visual), com a distância de 46,92m. Já na sexta-feira, 19, houve o melhor desempenho dos atletas na competição, com três recordes das Américas registrados.
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