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Foto: Lucas Ferreira/CBG |
Um ano depois de se consagrar na etapa de Atenas da Copa do Mundo, a Seleção Brasileira de Conjunto volta ao território olímpico por excelência. No próximo final de semana, o conjunto comandado pela treinadora Camila Ferezin disputa sua primeira competição do ano justamente na capital grega.
Em 2023, o Brasil conquistou a medalha de bronze na prova geral, que é a soma da série mista com a de cinco arcos. O feito foi inédito, e se torna ainda mais relevante por se tratar justamente da prova que vale medalha nos Jogos Olímpicos.
Camila sente que o clima ateniense é pra lá de favorável para o Brasil, em todos os sentidos. “Temos ótimas recordações daqui. Trata-se do local onde demos o pontapé inicial de um ano incrível para nós. Sinto nossas meninas ainda mais bem preparadas, comparando com a situação do ano passado. Mas competição é competição. E que seja ainda melhor neste ano, que é olímpico”, disse a experiente treinadora, já respondendo de Atenas.
O solo ateniense, aliás, é velho conhecido de Camila. Quatro anos depois de Sydney/2000, onde ela, como atleta, integrou o conjunto brasileiro, que foi finalista olímpico, houve um momento em que, na condição de assistente técnica, Camila contribuiu para o Brasil novamente alcançar uma final olímpica, a de Atenas/2004. “É muito bom estarmos mais uma vez aqui, onde a história olímpica começou. Respirar este ar de olimpismo e sentir esta emoção que nos acompanha, por sabermos que estaremos nos Jogos de Paris, é realmente algo especial. Na França, vou desfrutar de minha quinta participação olímpica, e a cada amanhecer acalento o sonho de alcançar algo inédito e grandioso para a GR do Brasil”.
Na terra da retórica, Camila, especialmente inspirada em seu discurso, projeta expectativas.
Nesta sexta-feira, o Brasil vai participar da prova de cinco arcos. No dia seguinte, ocorrerá a estreia da nova série do conjunto misto. “Se tudo correr como esperamos, estaremos nas finais, que serão disputadas no domingo. E na segunda-feira seguimos viagem para Sófia, na Bulgária, onde treinaremos por duas semanas. Essa primeira leva de competições será finalizada lá mesmo, em Sófia”, explica Camila, detalhando a programação.
Os quinze dias de preparação na capital búlgara serão devotados ao aperfeiçoamento das coreografias. Trata-se de um cenário pra lá de conhecido pela Seleção Brasileira de Conjunto. Algumas expressões mais básicas do idioma eslavo lá falado já são compreendidas pelas atletas e pela comissão técnica, tantas foram as participações do Brasil em estágios de treinamentos e competições no país balcânico. “O legal é que as treinadoras búlgaras que nos acostumamos a receber no Brasil também aprenderam português. Hoje nos entendemos quase 100%. Essa comunicação e bom relacionamento contribuem muito para o desenvolvimento do nosso trabalho”, diz a treinadora. “Certamente, a Bulgária é o país que mais nos acolhe. Não temos as contas de quantas vezes fomos para lá”, pondera a treinadora.
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