A World Athletics revelou, em um relatório publicado nesta sexta-feira (22), que houve um aumento significativo de ataques online aos atletas durante o Campeonato Mundial de Atletismo deste ano, em Budapeste, e que mais da metade destes abusos contra os atletas foram de natureza racista ou sexualizada, disse o órgão regulador do esporte.
Em um amplo estudo a World Atheltics demonstrou que durante a realização do evento de 18 a 28 de agosto, foram analisadas quase 450 mil postagens e comentários nas redes sociais em uma tentativa de proteger os 1.344 atletas que competiram.
O estudo revela que os ataques racistas aumentaram 14% em comparação com os campeonatos de 2022 em Oregon. Dois atletas dos 1.344 monitorados receberam 44% de todos os abusos contabilizados entre eles.
O estudo também afirmou que a plataforma de mídia social X, antigo Twitter, era o canal preferido dos abusadores, com quase 90% dos ataques detectados – um aumento relativo de 500% em comparação com 2022.
“Os atletas não deveriam ter que aceitar esses ataques como uma consequência inevitável de estarem nessas plataformas de mídia social. Somos o esporte olímpico número um e temos a responsabilidade de proteger nossos atletas, dentro e fora do campo”, disse o CEO da World Athletics, Jon Ridgeon.
Ridgeon ressalta que o ano olímpico deve receber uma atenção extra sobre este assunto e as consequencia que estes ataques trazem, e que seria necessário reuniões urgentes com estas plataformas para alcançar um maior nível de fiscalização e salvaguarda para os nossos atletas.
O estudo disse ainda que os atletas do sexo masculino enfrentaram um aumento nos ataques, com uma divisão de gênero de 51% dirigida aos homens e 49% dirigida às mulheres.
0 Comentários