O
Tribunal de Arbitragem do Esporte (CAS) informou que a audiência do caso de
doping de Kamila Valieva envolvendo a Agência Russa Antidoping (RUSADA), a
União Internacional de Patinação (ISU) e a Agência Mundial Antidoping (WADA)
será realizada de 26 a 29 de setembro. Em comunicado, o CAS afirma que não é possível
indicar quando a decisão final será anunciada.
A atleta
russa testou positivo para a substância proibida trimetazidina no campeonato
nacional russo em dezembro de 2021, mas o resultado só foi divulgado em 8 de
fevereiro de 2022, um dia depois de ela ajudar sua equipe a ganhar o ouro nas
Olimpíadas de Pequim.
A
ISU apresentou uma apelação ao CAS, o mais alto tribunal do esporte, depois que
uma investigação russa concluiu que a adolescente não era culpada de uma
infração de doping, apesar de reconhecer que ela falhou em um teste antidoping.
"A
audiência diz respeito aos recursos interpostos individualmente pela RUSADA,
ISU e WADA contra a decisão emitida pela Comissão Disciplinar Antidoping da
RUSADA... na qual ... Valieva foi considerada culpada de um ato de
Violação de Regra Antidoping (ADRV) pela qual ela não teria 'nenhuma culpa ou
negligência'. (Ela) não foi punida com exceção da desclassificação dos
resultados obtidos na data da coleta da amostra (25 de dezembro de 2021)",
diz o Comunicado do CAS.
Durante
os Jogos de Pequim, o Comitê Olímpico Internacional (COI) decidiu que nenhuma
medalha para o evento de patinação artística por equipe seria entregue até que
o caso de Valieva fosse resolvido. Os Estados Unidos ficaram com a prata atrás
dos russos, com o Japão ficando com o bronze e o Canadá em quarto lugar.
A
ISU está buscando uma decisão do CAS para anular a decisão da RUSADA e
sancionar Valieva com um período de inelegibilidade a partir de 25 de dezembro
de 2021 e desqualificação de seus resultados. A ISU também pediu ao CAS para
determinar o resultado final do evento.
A WADA, por sua vez, está buscando uma suspensão de quatro anos além da desqualificação de todos os seus resultados a partir dessa data. Em sua defesa, Valieva disse que o teste positivo foi resultado de uma confusão com o remédio para o coração de seu avô.
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