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UCI reabrirá consultas sobre política transgênero para eventos de ciclismo

Ciclista transgênero Austin Killips recebendo as flores no pódio
Foto: www.thetimes.co.uk

 

A entidade reguladora do ciclismo, a UCI, informou que irá "reabrir a consulta" sobre mulheres transexuais competindo em eventos femininos de elite. A decisão foi motivada após a norte-americana Austin Killips, tornar-se a primeira transgênero a vencer uma corrida feminina da UCI, fato ocorrido no Tour of the Gila, no Novo México, no último domingo (31).

 

Em comunicado nesta quinta-feira (11), a Union Cycliste Internationale (UCI) disse que iria reabrir a consulta aos atletas e às federações nacionais, para debater e tomar uma eventual decisão sobre o tema na sua próxima reunião da entidade, em Glasgow, no mês de agosto.

 

"O objetivo da UCI continua o mesmo: levar em consideração o desejo dos atletas transexuais de praticar o ciclismo. A UCI também ouve as vozes das atletas femininas e suas preocupações sobre um campo de jogo igual para os competidores e levará em conta todos os elementos, incluindo a evolução do conhecimento científico”, diz o comunicado da UCI.

 

O anúncio de quinta-feira contrasta com a posição tomada na quarta-feira, quando a UCI defendeu seus regulamentos atuais e reconheceu que atletas transgêneros podem optar por competir de acordo com sua identidade de gênero.

 

Ao contrário de alguns organismos esportivos internacionais, como o World Athletics, a UCI permite que ciclistas transgêneros compitam em corridas femininas, provocando críticas de nomes como a ex-atleta olímpica americana Inga Thompson, que disse que a decisão estava "efetivamente matando o ciclismo feminino".

 

A UCI endureceu suas regras para mulheres transexuais competirem em seus eventos no ano passado, reduzindo pela metade o nível máximo permitido de testosterona no plasma para 2,5 nanomoles por litro e dobrando o período de transição para 24 meses.

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