Dr. Breno Schor, médico do COB, e o mesmo que operou o ombro de Bruno Fratus, fez a cirurgia do tendão subescapular que estava rompido e o supraespinhal que estava lesionado. O tendão do bíceps, apesar de bastante inflamado, foi tratado mas não preciso de reconstrução.
Após a operação, já de volta ao seu quarto, Ana Marcela junto de seus pais mandou logo uma mensagem indicando que a cirurgia vai deixar a temporada de 2023 ainda melhor. “Eu estarei ainda mais forte”, disse.
O ano de 2022 foi um dos mais vitoriosos anos da carreira de Ana Marcela. Foram onze provas internacionais, onze pódios sendo que sete deles foram após a lesão. Todo o processo começa com a vitória da nadadora brasileira na etapa de abertura do FINA Marathon Swim Series em Setúbal, Portugal. Na época, numa prova muito disputada, em condições de mar agitado e frio, ventos fortes, Ana Marcela nadou com o traje por conta da regra que determina a sua obrigatoriedade. A limitação de movimentos e as dificuldades e nível da prova chegaram até ameaçar a participação de Ana Marcela no Mundial de Budapeste.
O treinamento de altitude feito antes do Mundial foi dos momentos mais difíceis da carreira de Ana Marcela. Das três semanas de trabalho programados, a primeira foi toda dedicada a recuperação do ombro. Mesmo com toda dificuldade, Ana Marcela foi para Budapeste onde venceu as provas de 5 e 25 quilômetros além do bronze nos 10 quilômetros.
A lesão de Ana Marcela só foi divulgada após a campanha do Mundial de Budapeste e, desde então, tanto a nadadora como treinador Fernando Possenti nunca deixaram de citar o suporte que receberam da equipe médica, fisioterápica e suporte da psicóloga Carla Di Piero em todo este processo.
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