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Stefania arremessando a pedra durante os Jogos Olímpicos (Foto:Reprodução/Instagram) |
* Com Laura Leme
A italiana Stefania Constantini esteve em São Paulo na última semana para o Olympic Celebration Tour, uma parceria entre o Global Sports Development e a World Curling Federation (WCF, Federação Mundial de Curling).
A atual campeã olímpica das duplas mistas fez, além de turismo, visita a escolas da cidade e ainda participou de um evento na Arena Ice Brasil no sábado (6) e no domingo, participou da abertura do Campeonato Brasileiro de Curling. Durante o evento, ela conversou com o público presente e ainda concedeu uma entrevista ao Surto Olímpico.
Antes de nossa conversa com ela, Stefania contou em palestra que começou a praticar o esporte aos 8 anos, levada por sua amiga Giulia, na cidade de Cortina D'Ampezzo, sede dos próximos Jogos de inverno.
Ela ressaltou a importância de começar desde cedo e ter um centro de curling perto de casa, afirmando que isso a ajudou muito e que agora, a Itália colhe frutos dessa iniciativa, que começou a investir pesado em 2017.
Na quinta, Stefania visitou uma escola italiana em São Paulo e falou sobre o curling e ela adorou por duas razões: as crianças falavam sua língua e elas se encantaram com o esporte. Em visita a outros colégios, ela ficou encantada com a comunicação das crianças em inglês e a vontade delas em conhecer sua história.
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Stefania na abertura do Campeonato Brasileiro de curling (Foto: Divulgação/CBDG) |
Veja então como foi o papo entre nós e Stefania:
Surto: Tivemos em 2006, uma Olimpíada de Inverno na Itália, em Turim, você tem alguma memória?
Constantini: Eu não tenho memórias, tinha apenas sete anos e eu ainda não conhecia o curling, só fui começar a praticar com oito, mas já ouvi algumas histórias sobre estes Jogos e será incrível ter outra Olimpíada, 20 anos depois, na Itália.
S: E sobre 2026, o que mudou dos Jogos de Turim para os de Milão/Cortina D'Ampezzo?
C: Eu vejo que nós a Itália, como nação, trabalhamos muito para melhorias, melhorar nossas habilidades. Acho que a gente fez um grande trabalho, já que dez anos depois, o time masculino conseguiu entrar para o grupo esportivo do exército italiano.
É um longo caminho, mas estamos crescendo passo a passo e neste ano alcançamos o topo. Agora, eu realmente quero seguir em frente e evoluir mais e mais.
S: Você é de Cortina, já pensou em ser a porta-bandeira da Itália?
C: Na Itália temos muitos atletas bons. Nos outros esportes, por exemplo, temos (a patinadora) Arianna Fontana, que tem um monte de medalhas e uma grande carreira.
Seria muito especial para mim carregar a bandeira em casa, mas temos muito bons atletas na Itália. De verdade, não importa quem seja, afinal somos uma equipe e temos que trabalhar juntos.
S: Durante os Jogos de Milano/Cortina D'Ampezzo, você vai ficar com a sua família ou com a sua equipe?
C: Não, é claro que eu vou ficar com o meu time, durante as competições, eu sempre fico com eles. Eu vou adorar estar na minha cidade natal e onde eu comecei a praticar, mas irei focar apenas nos Jogos. Estarei em Cortina, mas com a cabeça em outra dimensão.
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