Simone Biles, Aly Raisman, McKayla Maroney e Maggie Nichols pediram formalmente ao congresso dos Estados Unidos que dissolvam a diretoria do Comitê Olímpico e Paralímpico do país (USOPC). As ginastas acusam a entidade de ignorar casos de assédio sexual por décadas e por falharem em tomar as ações necessárias para combater a cultura de abuso no esporte olímpico estadunidense.
De acordo com o jornal, Orange County Resgister, na carta enviada aos senadores Richard Blumenthal (partido democrata) e Jerry Moran (partido republicano), as atletas pedem que o congresso aprove uma resolução conjunta no próximo dia 1º de novembro para que o comitê executivo do USOPC seja substituído.
Nós acreditamos que é a hora do congresso exercer sua autoridade sobre a organização que criou, substituindo toda a diretoria do USOPC, por líderes compromissados e capazes de fazerem o que já devia ser feito há tempos: responsavelmente investigar o problema sistemático do abuso sexual dentro das organizações olímpicas - incluindo o USOPC - e seus esforços para escondê-lo
Os dois senadores para quem a carta foi endereçada são coautores de uma lei aprovada em 2020, que coloca uma maior responsabilidade legal sobre o USOPC e as confederações nacionais de cada esporte, para abusos sexuais cometidos por treinadores oficiais e funcionários da entidade. Essa legislação contém mecanismos que permitem que o Congresso dissolva a diretoria do USOPC e cancele a certificação das federações esportivas.
Recentemente, as quatro ginastas testemunharam em uma audiência no Senado dos EUA, que apura a conduta do FBI na investigação sobre Larry Nassar, ex-médico da Federação de Ginástica do país (USAG) e que está preso por ter abusado sexualmente de centenas de meninas e mulheres.
Foto de capa: Saul Loeb/Reuters
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