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Comitê Paralímpico Internacional explica em nota qual irregularidade que retirou o ouro de Thiago Paulino


A World Para Athletic, entidade que é o braço da IPC (Comitê Paralímpico Internacional) e comanda o atletismo, divulgou neste domingo (5) uma nota explicando a irregularidade que retirou o ouro de Thiago Paulino no arremesso de peso F57 nos jogos Paralímpicos de Tóquio. Segundo a entidade, Thiago levantou o quadril da cadeira durante os dois arremessos, o que configura um movimento ilegal. 


"Após um apelo do Comitê Paralímpico da China contra uma decisão do árbitro em relação ao resultado do arremesso de peso masculino F57, um Júri de Apelação foi convocado. O grupo foi composto por dois Oficiais Técnicos Internacionais (ITOs) experientes e um membro do comitê técnico da World Para Athletics' Sport (STC) em conjunto com o secretário do júri", diz a nota.


"O procedimento seguido pelo Júri de Apelação é estabelecido na Regra 50 das Regras e Regulamentos do Paratletismo Mundial. O recurso considerou as 2ª e 3ª tentativas de Thiago Paulino do Santos, do Brasil. O Comitê Paralímpico da China considerou que ambas as tentativas infringiram a Regra 36.3 (Técnica de lançamento sentado, levantamento e falha)", segue.


"A regra afirma o seguinte: 'Será uma falha se um atleta se mover da posição sentada desde o momento em que leva o implemento para a posição inicial da tentativa até que o implemento tenha pousado'. O Júri de Apelação analisou o vídeo oficial do evento. A câmera foi posicionada à frente do atleta, permitindo ao júri uma visão clara do atleta durante o lançamento e suas fases preparatórias", continua.


O documento afirma que o júri de apelação ouviu árbitros e técnicos internacionais que assistiram os vídeos para tomar a decisão e que nenhum representante do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) estava no momento em que foi decidida a sentença:


Por isso, foi enviado um e-mail à delegação para informar o resultado do recurso. Por cortesia, e embora não seja obrigado a fazê-lo, o presidente explicou pessoalmente a decisão do júri a vários representantes do CPN (Comitê Paralímpico Nacional) do  Brasil na manhã de 4 de setembro, após sua chegada ao Estádio Olímpico Nacional.


A nota também afirma que pela manhã de sábado (4) em Tóquio, noite de sexta (3) no Brasil, o CPB apresentou novas evidências com vídeos gravados na arquibancada. O presidente havia dito que apesar de decisão ter sido considerada final, ela poderia ser revertida em caso de novas provas conclusivas. 


As imagens entregues pela delegação brasileira foram analisados pelo júri, que manteve a anulação das marcas. O comitê brasileiro ainda pediu o vídeo usado, mas o júri autorizou apenas que as imagens que serviram de provas fosse assistidas as imagens na sala de exibição ao lado de um secretário do júri.


Thiago Paulino teve duas marcas anuladas (15,10m e 15,05m) e perdeu o ouro, ficando com o bronze. O chinês Wu Guoshan ficou com a medalha de ouro com 15.00m e Marco Aurélio Borges ficou com a prata, a 14,85m. Visivelmente consternado no pódio, Thiago recebeu a medalha gesticulando negativamente e afirmou em vídeo publicado nas redes sociais que sofreu 'um golpe muito duro'.


Com informações de UOL


Foto: Matsui Mikihito/CPB.

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