A havaiana Carissa Moore se tornou nesta terça-feira (14) a primeira surfista a ser campeã olímpica e mundial no mesmo ano - somando o naipe masculino e feminino. O título veio após vitória na bateria desempate da final da WSL Finals contra a brasileira Tatiana Weston-Webb em Trestles, na Califórnia. Tati tornou-se a terceira vice-campeã mundial de seu país.
A final foi bastante equilibrada, com vitória de Tati na primeira bateria e da havaiana na segunda. Ambas chegaram a sentir a pressão da decisão durante as baterias, mas fizeram uma disputa de alto nível. Esse é o quinto título mundial de Carissa, se somando aos de 2011, 2013, 2015 e 2019.
Para Tati, essa foi a melhor temporada da carreira, com uma vitória em Margaret River e o vice-campeonato geral. Sua melhor colocação havia sido a quarta colocação na temporada de 2016, quando ainda competia com a bandeira havaiana.
Além disso, Tati torna-se a terceira brasileira a ser vice-campeã do Circuito Mundial de Surfe, igualando o feito de Jaqueline Silva (2002) e Silvana Lima (2008 e 2009). O Brasil não tem títulos no feminino, diferente do masculino, em que o país conseguiu a quinta conquista este ano, com Gabriel Medina.
Primeira bateria: Tatiana Weston Webb 15.20 (7.33 + 7.87) x 14.06 (8.33 + 5.73) Carissa Moore
A primeira bateria começou com uma boa onda de Tati, com manobras simples pontuada em 5.50. Carissa respondeu com um 5.73 e depois pegou a liderança com um 8.33 com boas rasgadas e mantendo a prancha no pé. Ansioso, a havaiana acabou cometendo alguns erros.
A brasileira, mais tranquila, encaixou uma boa onda começando com uma boa rasgada, outra mais fraca mas fechou bem na junção e marcou 7.33.
Tati trocou seu 5.50 por um 6.93, com três rasgadas e um floater batido na finalização, virando a bateria e se colocando na vantagem na final.
Segunda bateria: Tatiana Weston Webb 15.60 (7.93 + 7.67) x 17.26 (8.93 + 8.33) Carissa Moore
Tati acabou deixando Carissa pegar a primeira onda da bateria e viu a adversária fazer 8.93 com boas rasgadas, fazendo a pressão mudar pro lado da brasileira. Minutos depois, a havaiana colocou 5.33 no somatório.
A brasileira só foi acertar a sua primeira onda com dez minutos de bateria, passando a rabeta da prancha sobre o lip e uma boa finalização, marcando 7.93. Carissa respondeu e com uma manobra em layback, ela marcou 7.67, fazendo a brasileira precisar de 8.68 pra virar. Ainda antes do fim da bateria, a havaiana trocou o 7.67 por um 8.33 e a Tati somou 7.67, nota insuficiente para a virada.
.@tatiwest tira um 7.93 e se mantém viva na segunda bateria da grande final!
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Terceira bateria: Tatiana Weston Webb 14.20 (8.03 + 6.17) x 16.60 (8.60 + 8.00) Carissa Moore
Com duas ondas feitas com um arco e uma rasgada, Carissa saiu na frente com um 8.00 e um 7.00. Com 15 minutos de bateria, Tati pegou uma onda de backside, fez a batida no lip, rasgou e finalizou bem na junção, marcando 8.03.
A @tatiwest destruiu essa onda e tirou um 8,03 na bateria final do #RipCurlWSLFinals!!
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Pouco depois, a havaiana combinou rasgadas fortes, fazendo arcos com a prancha e fez 8.60, fazendo a brasileira precisar de 8.58. Faltando dois minutos, Tati achou uma boa onda, fez duas rasgadas fortes e na hora de finalizar caiu, marcou 6.17 e acabou com o vice-campeonato.
Foto em destaque: Tony Heff/ WSL
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