O Conselho Internacional de Críquete (ICC) confirmou nesta terça-feira (10) que realizará uma campanha para a inclusão do críquete no programa esportivo dos Jogos Olímpicos de Los Angeles 2028. De acordo com o presidente da entidade, Greg Barclay, um comitê será formado exclusivamente para tratar da possível entrada da modalidade no megaevento poliesportivo.
O ICC tem feito grandes esforços para a entrada do críquete no programa olímpico. Nos últimos anos, o conselho conseguiu adicionar a modalidade em eventos esportivos menores, como nos Jogos da Commonwealth de Birmingham 2022 (torneio de Twenty20 feminino) e nos Jogos Asiáticos de Hangzhou 2022, bem como uma alta possibilidade de inclusão do esporte nos Jogos Africanos de 2023, que serão realizados em Gana.
Ian Watmore, presidente do Conselho de Críquete da Inglaterra e País de Gales, vai comandar o Grupo de Trabalho Olímpico do ICC, já prometeu colocar toda força na campanha para tornar o críquete olímpico, enquanto o Conselho de Críquete da Índia e a Cricket Australia também já reforçaram apoio a causa.
“Nosso esporte está unido por trás dessa candidatura e vemos as Olimpíadas como parte do futuro do críquete a longo prazo”, revelou Greg Barclay, em entrevista ao The Guardian. “Sabemos que não será fácil garantir nossa inclusão, pois há tantos outros esportes excelentes que desejam fazer o mesmo, mas sentimos que agora é a hora de dar o nosso melhor e mostrar que grande parceria o críquete e as Olimpíadas poderão ter”.
A campanha para tornar o críquete uma modalidade olímpica já conta inclusive com apoio comercial. A presidente executiva da PepsiCo Inc, Indra Nooyi (que nasceu na Índia, país onde o esporte é muito popular), é uma das integrantes do grupo de trabalho olímpico da ICC.
Vale lembrar que o críquete já fez parte do programa olímpico. Nos Jogos de Paris 1900, a modalidade foi disputada por apenas duas equipes. A medalha de ouro ficou com a Inglaterra (representado pelo time Devon County Wanderers), enquanto uma equipe da França, com a participação de muitos atletas britânicos expatriados, ficou com a prata. Depois disso, a modalidade nunca mais voltou ao megaevento.
Foto: Jewel Samad/AFP
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