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De volta ao Brasil, Ana Marcela Cunha diz que sempre acreditou no ouro olímpico



Persistência e confiança. Essas foram as palavras mais usadas por Ana Marcela Cunha na coletiva de imprensa realizada na manhã deste sábado, dia 7, no CT do Time Brasil, no Rio de Janeiro. O ouro na maratona aquática nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 era a medalha que faltava à baiana, um título sonhado e perseguido desde Pequim 2008, construído ao longo dos anos, apoiado na maturidade e na segurança do trabalho feito com o técnico Fernando Possenti.

"Em 2008 eu tinha pouquíssima experiência, era uma adolescente chegando ao parque de diversões. Faltou preparo para o que eu iria encontrar. Em 2016 eu era cotada para a medalha, mas tudo que aconteceu durante a prova poderia ter acontecido em Tóquio também. Acho que a maior diferença que vivi ao longo desses anos foi a maturidade que construí, a confiança no trabalho. A pandemia fez a gente ganhar um ano, soubemos nos adaptar a isso, acreditei no trabalho e no planejamento. A convicção e a segurança que tinha antes da prova tem tudo a ver com o que a gente trabalhou para eu chegar lá e fazer o meu melhor", afirmou Ana Marcela, que disse ter aproveitado as mais de 30h de viagem para responder mensagens de fãs nas redes sociais.

Da largada para os 10km até a linha de chegada foram 1h59min30s8. Durante toda a prova, Ana Marcela se manteve entre as primeiras colocadas e, restando pouco mais de 1km para o final, imprimiu um ritmo forte, abrindo vantagem para a holandesa Sharon van Rouwendaal, campeã olímpica na Rio 2016, que ficou com a prata na Odaiba Marine Park.

"A vida do atleta é feita de persistência. Todo mundo sempre passa por altos e baixos, perdemos para vencer depois. Essa é a nossa vida. Precisamos aprender com isso, ser resiliente, continuar acreditando que é possível. E foi isso que eu fiz ao longo dos anos. Sempre acreditei, nunca deixei de persistir, o resultado uma hora tinha que vir".

Resultado que coroa uma parceria de mais de sete anos. Fernando Possenti exaltou a estrutura que permitiu que a pupila se preparasse para os Jogos Olímpicos do Japão e destacou o sabor especial de uma conquista ‘100% nacional’.

"Existe um ineditismo dessa medalha nos esportes aquáticos, a conquista de uma nadadora brasileira, treinada por um brasileiro, com um Centro de Treinamento no Brasil. Não precisamos sair do nosso país, tivemos tudo à disposição aqui mesmo, num CT que é legado do Pan do Rio, dos Jogos de 2016 e, com o que nos proporcionaram, chegamos em uma medalha olímpica 100% nacional. Na linguagem do futebol, nos consideramos ‘prata da casa’. Ou melhor, ‘ouro da casa’. Isso dá muito orgulho".

Foto: Daniel Ramalho/COB

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