É prata! Bia Ferreira perdeu neste domingo (8) a final do peso leve (de 57 a 60 kg) para a irlandesa Kellie Harrington e deu ao Brasil a quinta medalha de prata nos Jogos de Tóquio-2020. A brasileira venceu o primeiro round, mas Harrington reagiu, conseguiu virar e ficar com o ouro por decisão unânime.
Esse foi o melhor resultado de uma boxeadora brasileira em Olimpíadas, antes, o melhor resultado havia sido o bronze de Adriana Araújo em Londres-2012.
No primeiro round, a direita de Bia entrou bem e ela conseguiu aplicar uma boa sequência de golpes, mesmo com a boa esquiva da irlandesa. A brasileira venceu o round por 3 a 2, decisão dividida.
O segundo assalto foi mais equilibrado, com ambas as lutadoras mandando sequencias fortes de golpes e os juízes entenderam de forma unânime Harrington como superior e deram o round pra ela de forma unânime.
Bia começou o último assalto indo pra cima e encaixando uma direita enquanto Harrington contra golpeava. A campeã mundial de 2018 acabou se saindo melhor, encaixando mais esquerdas, vencendo o round e a luta por 5:0.
Até chegar a final, Bia venceu todas as lutas por decisão unânime. Ela estreou contra a taiwanesa Wu Shih-Yi, disputou as quartas contra a uzbeque Raykhona Kodirova e eliminou a finlandesa Mira Potkonen na semifinal.
A baiana esteve na Rio-2016 através do projeto Vivência Olímpica, que deu a então jovens promessas dos esportes olímpicos a oportunidade de conviver com atletas que disputaram os Jogos. A iniciativa deu resultado e Bia Ferreira foi campeã pan-americana e mundial em 2019 e agora conquista o melhor resultado de uma pugilista brasileira em Olimpíadas.
"Ela foi superior, mas acredito que foi um belo combate, ela usou a estratégia de anular o meu jogo e não consegui mudar isso. Mas estou feliz de estar nesse pódio, ter conseguido a prata, foi muito importante já que venho participando de campeonatos e apenas um até hoje eu não consegui estar no pódio. Então estar aqui tem o mesmo peso, como se fosse ouro" disse Bia após o pódio.
Foto em destaque: Buda Mendes/ Reuters
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