Antes de tudo, ainda fui na Vila Olímpica e conversamos com uma série de grandes atletas, como Bruna Takahashi, Hugo Calderano, Ana Sátila, Pepê Gonçalves. Muito bacana ver o ânimo e força de todo mundo, especialmente Pepê que teve uma vinda bem complicada. Como eu não devo conseguir ver tudo e todos, na loucura que é montar um calendário olímpico, fico feliz de ver e poder conversar com eles por aqui, pelo menos. Ana Sátila disse que até a água em sua base de treinamento é quente, e todo mundo tá sentindo muito o calor, que está bem forte aqui.
O metrô japonês é uma loucura, mas a gente acaba se achando. Para começar, todas as estações são, claro, nomeadas nos caracteres locais. As vezes aparece a versão latina mas demora muito. O que salva é que cada estação e linha é bem marcada pelo nome e cor. O melhor ainda é que cada linha tem suas estações numeradas. Ou seja, se você está em JY24 e vai para JY16, sabe que a próxima estação será a JY23. Se de repente aparecer que você está na JY25 - como aconteceu comigo -, precisa trocar de plataforma e fazer o caminho inverso.
Deste jeito, mesmo que a gente se perca, a gente se acha rápido.
Achei as ruas muito movimentadas para uma cidade assustada com a quinta onda de covid-19. Tinha bastante gente numa loja oficial da Tóquio 2020 a que passei, talvez uma indicação que se sentem mais seguros com japoneses em um shopping do que com estrangeiros.
Como a gente chegou no Japão com tanta antecedência, só isso nos possibilitou sair e poder utilizar o transporte público de Tóquio. Por isso encontrarmos poucos estrangeiros na rua, e a maioria aparenta ser residente aqui.
A verdade é que por mais que reclamávamos (e com razão) dos problemas com transporte oferecidos pela organização, era uma maneira muito prática de se locomover (quando passava, é claro). Com o metrô é possível ter mais flexibilidade, mas é preciso também ter maior desenvoltura. Eu, particularmente, adorei ficar observando o comportamento, vestiário, hábitos dos japoneses no metrô - e torcendo muito para ninguém ali ter covid-19, claro.
Como a gente chegou no Japão com tanta antecedência, só isso nos possibilitou sair e poder utilizar o transporte público de Tóquio. Por isso encontrarmos poucos estrangeiros na rua, e a maioria aparenta ser residente aqui.
A verdade é que por mais que reclamávamos (e com razão) dos problemas com transporte oferecidos pela organização, era uma maneira muito prática de se locomover (quando passava, é claro). Com o metrô é possível ter mais flexibilidade, mas é preciso também ter maior desenvoltura. Eu, particularmente, adorei ficar observando o comportamento, vestiário, hábitos dos japoneses no metrô - e torcendo muito para ninguém ali ter covid-19, claro.
Na saída eu vi um rapaz oferecendo pins e falei dele nesta matéria. Cheguei de um dia de aventuras pela capital e fui direto para a coletiva de imprensa sobre Brisbane 2032. Liam Morgan, do Inside the Games, fez uma pergunta pertinente a respeito de John Coates ter supervisionado o novo processo de seleção de Tóquio e estar ali na mesa como membro do Comitê Olímpico Australiano.
Segundo o presidente do Comitê Olímpico Australiano e um dos homens mais poderosos do Comitê Olímpico Internacional (COI),, Brisbane fez seu trabalho e todas cidades tiveram chances iguais. Já reclamei muito dele, que tem o costume de falar frases bombásticas - muitas vezes repercutidas pelo próprio ItG e que viram pauta olímpica no mundo todo - mas confesso que sou muito fã de Brisbane e Queensland como um todo e fiquei feliz, apesar de torcer muito para uma candidatura alemã ou indiana para 2036 - isso sem falar no meu sonho (Pyongyang/Seul). Ainda assim, acho que estamos escolhendo com muita antecedência.
Pergunta na coletiva de imprensa com a representante dos atletas, Kirsty Coventry, e o porta-voz do COI, Mark Adams (foto: Carol Knoploch) |
O legal mesmo foi ao final quando rolou a coletiva sobre a Sessão do COI com Bach e Christophe Dubi. Eu sou muito lerdo e essas coletivas em geral são bem rápidas, daí quando quero fazer pergunta já passou. Dai não consegui e acabei indo lá para a saída tentar conversar com o "pobi do Dubi" que fez figuração e não falou nada na coletiva. Perguntei para ele sobre a fala no dia anterior, repercutida pela Reuters, que os Jogos poderiam ser cancelados, já que o destino dos Jogos seria decidido no dia-a-dia.
Dubi então esclareceu que isso não está em pauta, e que o que será discutido é a permissão para que espectadores de Tóquio entrem nas arenas se o número de casos de covid-19 diminuir. Entre a especulação dos veículos de imprensa e a quase ilusão esperançosa do COI, é importante ao menos não distorcer falas e suposições. Você pode conferir os detalhes aqui.
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