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Comitê Olímpico Russo instrui atletas a ficarem quietos em caso de perguntas polêmicas

 


O site de notícias russo Vedomosti revelou nesta quarta (14) que os atletas russos foram instruídos a não responderem questionamentos da imprensa sobre assuntos polêmicos, como a anexação da Crimeia, o escândalo de doping do país e o movimento Black Lives Matter (Vidas Negras Importam). Segundo o portal, a existência de um documento com as recomendações, foi confirmada pelo Comitê Olímpico Russo (ROC).


A Rússia irá competir com o nome e a bandeira do comitê, em razão da suspensão causada pelo sistema estatal de doping que beneficiou dezenas de atletas russos. Ao contrário do que ocorre em outros países, raramente os atletas russos se posicionam e quando o fazem, costumam se mostrar favoráveis ao Kremiln (sede do governo russo).


Assuntos como assédio sexual também devem ser evitados. Neste caso, o atleta é instruído a responder que nunca presenciou uma situação dessa na sua carreira, mas que ele está ciente da ocorrência do problema em outros países. Uma referência implícita aos casos nos EUA.


"As informações se espalham muito rapidamente e qualquer resposta descuidada, na qual os atletas possam ser habilmente 'enganados' por pessoas especialmente treinadas, terá um impacto extremamente negativo"- diz o documento.


Se perguntados sobre o escândalo de doping, eles deverão dizer que as respostas devem ser dadas por quem aplicou a punição. Eles devem ainda afirmar que estão sentindo como se estivessem representando a bandeira russa e que gostariam de ouvir o hino russo no pódio. Em caso de vitória, será tocado a obra "Concerto para Piano e Orquestra Nº1" de Tchaikovsky. 


A prática é nova se tratando de Rússia, porém era comum na época da União Soviética, quando os atletas recebiam palestras de lideranças do governo antes de viajarem para as grandes competições para "saber" como deviam se comportar.


Foto em destaque: AFP

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