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Atiradores de San Marino falam sobre país e primeiras duas medalhas olímpicas na história


Enquanto atletas que ganham muitos ouros deverão ser as grandes estrelas dos Jogos Olímpicos ao fim do evento, para San Marino, Alessandra Perilli será o nome a ser lembrado para toda a história. Veio da mira dela a primeira e segunda medalha na história do micropaís nos Jogos Olímpicos.

Atiradora da fossa olímpica, Perilli levou a República de San Marino, país de apenas 61 quilômetros quadrados encravado no meio da Itália, a um pódio olímpico pela primeira vez na história na quinta-feira /quando ela foi bronze na prova individual feminina. Desta vez ao lado de Gian Marco Berti, eles foram ainda mais longe e alcançaram uma final, deixando escapar o ouro por muito pouco.

De qualquer maneira, a prata foi muito comemorada por toda a delegação de San Marino presente do Campo de Tiro de Asaka Durante a final deste domingo, em conversa com o Surto Olímpico, ela disse que a presença na final a ajudou muito porque ela já havia passado pela mesma situação e se sentia mais segura.

“É um grandíssimo orgulho, somos pequenos em meio a grandes países como Espanha e EUA”, falou mencionando os outros países a subirem ao pódio. Donos de uma Bolsa de Estudos Olímpica, os atiradores revelaram que a ajuda dada pela Solidariedade Olímpica foi fundamental para a medalha. “Ela nos permitiram fazer toda a preparação e nos manter preparados para chegar aqui” revelou Pirelli.

Mais tímido e aparentando não estar tão acostumado com tanta atenção Gian Marco revelou ser um advogado profissional, que pratica o tiro no tempo livre em geral três vezes na semana. Porém, essa aventura olímpica não mudou seus planos profissionais. “Preciso ter minha vida”, comentou o agora medalhista olímpico. 

Foto: Mateus Nagime

Nascida em Rimini, Itália, Perilli que também tem uma irmã atiradora (Alessandra) comentou que essa medalha também é dela, de toda sua família e do país que a adotou. Mas o que significa San Marino, país para o qual ela se mudou aos 18 anos?

"Para mim, San Marino é uma família, um local de união, em que você conhece todas, é uma coisa que não sei explicar, é uma grande família”, revelou com emoção na voz.

A atiradora, que ficou em quarto lugar na Rio 2016 e também a uma posição da medalha nos Mundiais de 2009 e 2019 admitiu que havia um grande peso no ombro dela antes de finalmente subir ao pódio. “Pessoalmente, eu estava um pouco mais tranquila hoje, mas de qualquer maneira eu precisei me refazer para a final”.

A disputa mista de fossa não estará presente no programa do tiro esportivo de Paris - sendo substituído pelo skeet - mas os dois seguem com o mesmo alvo na mira: Paris 2024. Quando perguntei a Pirelli o que ela fará depois da medalha, a resposta veio em uma única palavra: “Atirar”.

Foto de topo: Reuters / Ann Wang

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