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CBV é alvo de operação policial contra fraude tributária em Saquarema



A Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), além de alguns dirigentes e o antigo prefeito da cidade de Saquarema foram alvo, nesta quinta feira, de uma operação do ministério público do Rio de Janeiro que investiga fraude tributária na cidade. Segundo o site Globoesporte, mais de mil empresas-fantasma estavam cadastradas em dois escritórios pequenos na cidade, concedidos por Antônio Peres Alves, prefeito na época.


As investigações apontam que diversas empresas-fantasma receberam dinheiro da CBV para prestação de serviços que nunca aconteceram. Entre as denúncias, além da fraude tributária também estão lavagem de dinheiro e falsidade ideológica, todas no município de Saquarema, onde fica localizada a Cidade do Vôlei.


Ao todo, são mais de 10 investigados e 14 mandatos de busca e apreensão, incluindo Ary Graça Filho, ex-presidente da CBV e atual presidente da FIVB, a sede da CBV, a Cidade do Vôlei, Antônio Peres Alves, ex-prefeito de Saquarema, Manoela Peres, esposa de Antônio e atual prefeita da cidade e Fábio André Dias Azevedo, ex-superintendente da CBV e diretor-geral da FIVB. Até o momento, não há mandatos de prisão.


Segundo a força-tarefa da operação, mais de 700 empresas estavam registradas em um mesmo endereço em Saquarema devido a benefícios fiscais concedidos por Peres Alves, então prefeito da cidade. Essas empresas declaravam falsamente a prestação de serviços. Ainda segundo a investigação, a CBV foi beneficiária desse esquema, usando verbas de patrocínio, sobretudo do Banco do Brasil, para contratar serviços fantasma.


A denúncia feita ao MP-RJ é de que Graça Filho "manejava os recursos de patrocínio do Banco do Brasil à entidade por ele administrada em favor de si próprio e do grupo criminoso celebrando contratos com empresas recém-criadas, sem estrutura de pessoal e estabelecidas em sedes fictícias." A suspeita é que o esquema criminoso tenha movimentado R$50 milhões

O MP-RJ afirmou que: “Desta forma, apesar de possuir sede na capital, a CBV celebrou contratos que não foram devidamente executados com empresas estabelecidas em Saquarema por meio do esquema ilegal de fraudes tributárias, de propriedade dos denunciados Fábio André Dias Azevedo e Marcos Antonio Pina Barbosa, então superintendentes da CBV e subordinados a Ary”

Passado de acusações

Essa não foi a primeira vez que Ary Graça Filho aparece em acusações de operações ilegais. Em 2017, o ex-publicitário Marcos Valério denunciou que Graça Filho recebeu propina enquanto dirigia a CBV. O dinheiro, conforme Valério, vinha da maior patrocinadora do vôlei brasileiro, o Banco do Brasil.

Nota da CBV

Ainda na manhã desta quinta feira (20), a CBV publicou nota em seu site oficial, garantindo que irá cooperar inteiramente com as investigações. Confira a nota na íntegra:

"A Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) confirma que recebeu nesta quinta-feira (20.05) pela manhã a Polícia Civil em suas sedes na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro (RJ), e em Saquarema (RJ), por conta de uma investigação iniciada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro em 2013 sobre ex-dirigentes da entidade. Funcionários da confederação prestaram todo o auxílio às autoridades policiais que buscavam documentos relativos a um suposto esquema de fraude tributária que teria contado com o auxílio do ex-presidente da CBV, Ary Graça Filho.

De acordo com as investigações, a CBV teria sido vítima dos seus então dirigentes, que teriam criado contratos fictícios para desviar dinheiro da instituição.

A atual gestão da confederação cooperará integralmente com a investigação e, se forem comprovados prejuízos financeiros à CBV, tomará todas as medidas necessárias para que estes valores sejam integralmente ressarcidos à comunidade do voleibol."


Essa reportagem será atualizada à medida que novas informações sejam disponibilizadas. 

Foto: Reprodução

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