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Após ameaças de cancelamento, prefeitura de Shimane confirma participação no revezamento da tocha olímpica


O governador da prefeitura japonesa de Shimane, Tatsuya Maruyama, confirmou nesta terça-feira (06) que permitirá a passagem do revezamento da tocha olímpica na província, prevista para acontecer entre 15 e 16 de maio. O executivo se opõe à realização dos Jogos de Tóquio e ameaçava cancelar o trecho do revezamento que corta Shimane, alegando as inseguranças geradas pela crise do coronavírus.

 

De acordo com a agência local Kyodo News, Maruyama é um dos maiores críticos do governo central japonês e da forma como ele lidou com a pandemia e, por vezes, se mostrou insatisfeito com a maneira pela qual Shimane era tratada. Ele decidiu liberar o revezamento na prefeitura justamente após o governo atender uma de suas exigências, que é o aporte financeiro às áreas menores do país, que tiveram um número menor de casos de Covid-19.


Shimane tem uma população de pouco mais de 760 mil habitantes. Em termos populacionais, a prefeitura é a segunda menor dentre as 47 que compõem o Japão. Até fevereiro, quando Maruyama iniciou as ameaças do cancelamento, Shimane possuía apenas 280 casos registrados de coronavírus. De lá pra cá, quase um mês e meio depois, apenas dez novas infecções foram confirmadas na prefeitura. 


Ainda nesta  terça-feira, o governador disse que prosseguir com a ideia de boicotar o revezamento não "traria nada de positivo" para o setor dos restaurantes - principal serviço desempenhado em Shimane - e outros negócios relacionados à sua prefeitura. Além do apoio financeiro do governo, ele conseguiu negociar algumas restrições na passagem da tocha com o Comitê Organizador dos Jogos de Tóquio, tais como a limitação do som nos veículos dos patrocinadores que acompanham os condutores.


Vale lembrar que o revezamento da tocha olímpica foi iniciado no último dia 25 de março, em Fukushima. Ao todo, serão 121 dias de percurso pelas 47 prefeituras japonesas - seis já foram percorridas - até a cerimônia de abertura dos Jogos, em 23 de julho. Por conta de um crescimento no número dos casos de coronavírus em algumas áreas, medidas restritivas estão sendo impostas pela organização durante os eventos, mas aglomerações estão sendo vistas na maioria das passagens.



Osaka, dona da segunda maior região metropolitana do Japão, solicitou na última semana o cancelamento da passagem da chama olímpica por seu território, justificando que está vivendo uma "quarta onda" de casos de Covid-19. A prefeitura tornou-se o epicentro da pandemia no país, superando Tóquio, e registrou 719 novos casos somente nesta terça (mais de 25% do total do país).


Junto a outras duas prefeituras próximas, Osaka deve ser inserida em um estado de emergência em breve. Porém, até o momento, o Comitê Organizador não cancelou oficialmente a perna do revezamento na cidade, que está prevista para acontecer na próxima semana, entre 13 e 14 de abril, mas já estuda restrições de como realizá-la, cogitando deixar apenas 20 condutores em um parque.


Foto de capa: POOL/via Reuters

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