Últimas Notícias

'Sussu' Altheman conquista bronze em Tel Aviv, mas Brasil termina Grand Slam de judô com saldo negativo

Maria Suelen Altheman brasil judo rochele nunes


O Brasil encerrou sua participação no Grand Slam de Tel Aviv com seu melhor resultado no último dia, mas ainda assim abaixo do esperado. Maria Suelen Altheman perdeu a semifinal para a portuguesa Rochele Nunes, mas conseguiu se recuperar e levou a medalha de bronze diante de Melissa Mojica, de Porto Rico. Além de ter sido o único pódio do Brasil nos três dias de competição, também foi a única presença brasileira na disputa de medalhas. Rafael Macedo e Leonardo Gonçalves, cabeças-de-chave em suas categorias caíram ainda na fase eliminatória. 


Contando com catorze atletas, sendo que quatro eram cabeças de chave, apenas seis representantes do Brasil saíram com pelo menos um triunfo em Israel:  Allan Kuwabara e Willian Lima no primeiro diaJoão Macedo e Maria Portela no segundo dia; e Leonardo Gonçalves e Maria Suellen Altheman neste sábado. Outros oito brasileiros caíram na estreia.


De todos, apenas ‘Sussu’ venceu duas lutas e também foi a única judoca do Brasil a terminar dentro do top8. Ela entrou no tatame com a responsabilidade de ser a principal cabeça de chave da categoria até 78kg e um das destaques nas peças promocionais da IJF para o torneio, mas por pouco não se despediu na estreia. 


Com apenas seis segundos de luta, Milica Zabic, da Sérvia (30ª) aplicou um waza-ari, que foi retirado para enfim ser revalidado no meio da luta por decisão do vídeo, confundindo a brasileira. Ela chegou a aplicar um golpe fora da área permitida, e permaneceu no ataque, conseguindo enfim imobilizar a europeia em uma luta de chão impecável, avançando para as quartas.  


Em seguida, Suelen enfrentou a anfitriã Raz Hershko (29ª) e conseguiu derruba-la faltando 10 segundos, marcando um waza-ari e garantindo sua vaga nas semifinais, onde enfrentou uma velha conhecida: Rochele Nunes, brasileira que nos últimos anos representa Portugal e é a 12ª melhor do mundo.  


Com menos de dois minutos de luta, ambas já tinham dois shidôs e Rochele conseguiu um waza-ari. Altheman foi atrás do placar, mas com uma entrada irregular, levou o terceiro shidô e foi para a disputa de bronze, enquanto a portuguesa avançou para a final. Na briga pela medalha, Maria Suelen derrotou a porto-riquenha 


Rafael Macedo não aproveitou a condição de cabeça 6 na categoria 90kg e caiu na estreia para o polonês Piotr Kuczera, 30º melhor do ranking da IJF. O polonês foi dominante no início da luta, forçando a primeira punição ao brasileiro fugir de um ura nage. O brasileiro, campeão mundial sub-21 e titular absoluto do Brasil na categoria, conseguiu entrar no combate e ter várias tentativas até que enfim Kuczera surpreendeu Macedo com um kosoto que lhe valeu um ippon e a vaga nas oitavas. 


Outro favorito, Leonardo Gonçalves, 19º do ranking e oitavo cabeça, teve uma disputa apertada contra Simeon Catharina (22º), dos Países Baixos, em que conseguiu finalmente um ippon com mais de um minuto de golden score. 


Nas oitavas, a uma vitória da briga pelas medalhas, ele caiu para o chileno Thomas Briceno, medalhista de ouro no Pan de Lima de forma dramática: em uma luta com poucas entradas, o golden score foi inevitável. Com 24 segundos, Gonçalves chegou a obter um waza-ari com um uchi mata, mas que foi revertido com a análise de vídeo. No retorno do combate, o chileno conseguiu derrubar o brasileiro e classificou-se para as oitavas, eliminando o brasileiro da disputa.


Foto: Arquivo/Gabriela Sabau/IJF

0 Comentários

.

APOIE O SURTO OLÍMPICO EM PARIS 2024

Sabia que você pode ajudar a enviar duas correspondentes do Surto Olímpico para cobrir os Jogos Olímpicos de Paris 2024? Faça um pix para surtoolimpico@gmail.com ou contribua com a nossa vaquinha pelo link : https://www.kickante.com.br/crowdfunding/ajude-o-surto-olimpico-a-ir-para-os-jogos-de-paris e nos ajude a levar as jornalistas Natália Oliveira e Laura Leme para cobrir os Jogos in loco!

Composto por cinco editores e sete colaboradores, o Surto Olímpico trabalha desde 2011 para ser uma referência ao público dos esportes olímpicos, não apenas no Brasil, mas em todo o mundo.

Apoie nosso trabalho! Contribua para a cobertura jornalística esportiva independente!

Digite e pressione Enter para pesquisar

Fechar