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Judoca iraniano em Israel é destaque do segundo dia do Grand Slam de Tel Aviv

O segundo dia deu prosseguimento à pulverização das medalhas e títulos no Grand Slam de Judô em Tel Aviv. França foi o primeiro e até agora único a conseguir dois ouros, com o título de Margaux Pinot, que viu a compatriota e campeã mundial Marie Eve Gahie se contentar com o bronze. O destaque do dia foi para o iraniano Saeid Mollaei que agora com a cidadania da Mongólia, disputou seu primeiro torneio em Israel, perdendo para o uzbeque Sharofiddin Boltaboev na grande final. O Irã segue banida da Federação Internacional de Judô e não deve ter representantes no esporte nos Jogos Olímpicos de Tóquio.


Sem brasileiros no bloco final, já que todos foram eliminados ainda no início do dia, Eslovênia e Romênia foram os outros hinos tocados na capital israelense. Enquanto a campeã olímpica Tina Trstenjak confirmou seu favoritismo e levou o ouro, Alexandru Raicu deu o primeiro título para a Romênia na elite do judô internacional.


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França lidera o quadro de medalhas provisoriamente com 2 ouros, 1 prata, 1 bronze, 1 quinto e 1 sétimo lugar e Israel aparece em segundo com 1 medalha de cada cor. Eslovênia, com a final completa no 63kg feminino é o terceiro melhor país. Com nove categorias disputadas, oito países levaram ouro, 21 países subiram ao pódio e 25 países tiveram representantes no top8. 


Surte+ Cinco países levam ouro no primeiro dia do Grand Slam de Tel Aviv e corrida olímpica embola

Judocas brasileiros tem a última chance de ver a bandeira brasileira hasteada no pódio de Tel Aviv neste sábado a partir das 5h30 da manhã, horário de Brasília, com Rafael Macedo (90kg), Leonardo Gonçalves (100kg) e Maria Suelen Altheman (+78kg), principal favorita no pesado feminino. 


Confira o que aconteceu em cada categoria no segundo dia e como os resultados mexeram com a corrida olímpica:


-63kg feminino

A eslovena Tina Trstenjak (2ª) confirmou seu favoritismo e levou o ouro ao derrotar a compatriota Andreja Leski (10ª) em uma disputa sem pontuação, em que Leski levou o terceiro shido após 90 segundos de golden score. 


A primeira medalha de bronze foi decidida em contra ataque por Sanne Vermeer (12ª) , dos Países Baixos, diante da polonesa Agata Ozdoba-Blach (31ª) nos últimos segundos após decisão de vídeo, quando a luta estava empatada.  


Na outra disputa pelo bronze, as duas judocas permaneceram sem pontuação e com dois shidos cada, até que depois de dois minutos de disputa, Gil Shahir (23ª) levou o terceiro shidô, dando a medalha de bronze para a austríaca Magdalena Krssakova (14ª), para tristeza dos poucos israelenses presentes no ginásio.


O que muda na corrida olímpica (previsões do Surto Olímpico, a serem confirmadas na próxima atualização da IJF):

- Eslovênia: Atual campeã olímpica, Tina Trstenjak venceu, mas viu sua vantagem diante de Andreja Leski diminuir de 3042 pontos (6913x3871) para 2606 pontos (7265x4659), já que tinha mais pontos a defender. De qualquer maneira, sedimenta ainda mais sua vaga em busca do bi.


-Países Baixos: Com poucas competições disputadas, Sanne Vermeer, soma 500 pontos com o bronze, indo a 3830 e se aproximando da compatriota Juul Franssen (5ª do ranking), que tem 4275 e não esteve presente em Tel Aviv. Qualquer uma das duas seria cabeça de chave em Tóquio no momento. 


-Polônia/Coreia do Sul: Mesmo perdendo a medalha de bronze, Agata Ozdoba-Blach somou 360 pontos com o quinto lugar e ultrapassou a sul-coreana Cho Mokhee na 28ª posição do ranking olímpico e atual última vaga. 


-Brasil: O país não teve representantes em Tel Aviv nesta categoria. Ketelyn Quadros, ausente por COVID-19 deve cair duas colocações, aparecendo em 13ª na próxima atualização do ranking e perdendo a condição de cabeça 8 para a austríaca Magdalena Krssakova, medalhista de bronze em Tel Aviv. 


73kg masculino



Alexandru Raicu (42º) , da Romênia, responsável por eliminar  o principal favorito Tohar Butbul (6º) de Israel nas quartas, confirmou o seu bom dia na capital israelense e levou o ouro diante do italiano Giovanni Esposito (32º), campeão mundial cadete de 2015 mas que ainda não tinha alcançado um grande resultado no adulto.


Tohar Butbul se recuperou da surpreendente queda e foi superior na disputa de bronze após um terceiro shido para o georgiano Lasha Shavdatuashvili (17º), campeão olímpico em Londres 2012 nos 66kg e bronze nos 73kg. Outro representante da Geórgia, Nugzari Tatalashvili (sem ranking), voltando de lesão teve mais sorte e derrotou o sueco Tommy Macias (9º) na outra disputa de bronze em um combate disputadíssimo com um ippon faltando 20 segundos para o final. 


O que muda na corrida olímpica (previsões do Surto Olímpico, a serem confirmadas na próxima atualização da IJF):

- Romênia: Alexandru Raicu estava fora da classificação olímpica, com 1299 pontos em 42º lugar, mas com os 1000 pontos do títulos, soma 900 (descarta 100) e vai para 29º lugar, com 2199 e ainda 424 pontos atrás do último classificado no momento, o suíço Nils Stump


- Itália: Com 700 pontos conquistados e 540 somados (tirando o descarte de 160), Giovanni Esposito passa de 1964 para 2504, ainda fora da zona de classificação mas perigosamente perto do atual campeão olímpico, Fabio Basile que tem 2831.


- Brasil: Eduardo Barbosa não soma após a derrota da estreia e com seus 1976 cai duas colocações, em 32º. Por enquanto permanece com a vaga continental oferecida ao Brasil. David Lima venceu apenas 10 pontos e agora tem 903 pontos no ranking olímpico.


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70kg feminino

Foi uma das chaves mais difíceis do Grand Slam de Tel Aviv, com as quatro primeiras do ranking presentes, disputando entre si as vagas olímpicas da França e Países Baixos. Quem levou o ouro no final foi a francesa Margaux Pinot (3ª), numa final diante da ‘infiltrada’ nas semifinais, a alemã Miriam Butkereit (15ª). Sem pontuação no tempo normal, Pinot entrou no golden score na berlinda com dois shidôs, podendo ser eliminada a qualquer erro. A francesa foi para o tudo ou nada e forçou a alemã a ficar na defensiva, atitude que lhe valeu três shidôs em três minutos de golden score e a medalha de prata.


Marie Eve Gahie (1ª), francesa derrotada por Butkereit na semifinal se recuperou e levou o segundo bronze em disputa, vencendo a belga Gabriella Willems (26ª). O primeiro foi uma disputa interna entre as neerlandesas Kim Polling (4ª) e Sanne van Dijke (2ª), muito apertada, mas com clara vantagem para Van Dijke que chegou a ter vitória decretada por estrangulamento. Polling pediu revisão por vídeo e o combate voltou, com um ippon fantástico de van Dijke. A britânica Kelly Petersen Pollard (98ª), algoz da brasileira Maria Portela (12ª) nas oitavas terminou em sétimo lugar. 


O que muda na corrida olímpica (previsões do Surto Olímpico, a serem confirmadas na próxima atualização da IJF):

- França: Líder absoluta do ranking e atual campeã mundial, Marie Eve Gahie soma apenas 150 pontos com o bronze e vai para 6678. Campeã, Margaux Pinot ganhou 800 pontos com o título e assume a vice-liderança da categoria, com 6439, embolando a disputa pela vaga francesa.


-Países Baixos: Sanne van Dijke soma 150 pontos e cai para a terceira colocação do ranking, com 5838 pontos, mas aumenta a distância para a compatriota Kim Polling que leva apenas 40 pontos com o quinto lugar e tem agora 5423.


- Alemanha:  O vice-campeonato deu 448 pontos para Miriam Butkereit, considerando o descarte. Com 3821 pontos, ela vai para 11º lugar, ainda atrás de Giovanna Scoccimarro, 8ª do ranking, com 4453 pontos.


- Bélgica: Com o quinto lugar, Gabriella Willems chega a 2615 pontos, garantindo sua vaga olímpica provisória pela cota continental, mas agora apenas a 63 pontos da russa Madina Taimazova (25ª), última classificada direta. 


- Brasil: Maria Portela não soma nada com sua campanha em Tel Aviv e cai uma posição no ranking, mas nada mudou: ela permanece a 172 pontos da portuguesa Bárbara Timo, que seria a cabeça 8 em Tóquio no momento. 


81kg masculino



Sharofiddin Boltaboev (15º), do Uzbequistão foi dominante na final Saeid Mollaei (8º), o campeão mundial iraniano que desde 2020 defende a Mongólia após deserção ao fim do Mundial de 2019. Logo cedo conquistou um waza-ari e finalizou com um ippon faltando mais de um minuto para o fim do combate.


Os bronzes foram para o belga Matthias Casse (1º) que derrubou o vizinho Frank de Wit, dos Países Baixos, nos primeiros segundos do golden score, e para o russo Aslan Lappinagov, superior ao britânico Stuart McWatt.  A estrela da casa e atual campeão mundial, Sagi Muki (2º) caiu na estreia diante do belga Sami Chouchi (24º).


O que muda na corrida olímpica (previsões do Surto Olímpico, a serem confirmadas na próxima atualização da IJF):

- Rússia: com três representantes no top15, a disputa está acirrada. Aslan Lappinagov (14º), somou 340 pontos com a medalha de bronze e agora possui 3807, na décima primeira colocação. Khasan Khalmurzaev (atual 11º), medalhista de ouro na Rio 2016, nada somou em Tel Aviv aos seus 3632 e perdeu duas colocações e, provisoriamente, a vaga olímpica. O outro russo, Alan Khubestsov, que era 13º com 3469 deve aparecer em 15º no novo ranking. 


- Brasil: Com a vitória, João Macedo (57º) soma 120 pontos e vai para 951 pontos, subindo em torno de dez colocações. Victor Penalber (69º), somou apenas 10 pontos de participação. Eduardo Yudi Santos (20º) permanece na zona de classificação, com 2525.


Surte+  Confira as chaves e os adversários dos brasileiros nos próximos dias 

Fotos: IJF / Gabriela Sabau

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