Em uma das maiores reviravoltas do judô recente, o iraniano Saeid Mollaei desembarcou esta semana em Israel para competir no Grand Slam e assinalou que irá voltar ao país para treinar com a equipe israelense nos preparativos para os Jogos Olímpicos de Tóquio, assinalou o portal israelense Ynet.
Disputando o Grand Slam de Tel Aviv pela bandeira da Mongólia, ele levou a medalha de prata. Foi a primeira vez que um atleta iraniano competiu em solo israelense desde 1979. Ao final da competição ele presenteou o presidente da Federação Israelense de Judô Moshe Ponte, com sua medalha (foto acima).
Mollaei treinou com o time israelense na véspera de seu embate, tendo como sparring o campeão israelense juvenil Eshed Winkler, e disse que não tinha encontrado condições tão boas desde que precisou escapar do Irã.
Relembre o caso
Uma das grandes histórias do Mundial de 2019 no Japão foi a derrota do iraniano Saeid Mollaei para o belga Matthias Casse, evitando assim um confronto contra o israelense Sagi Muki na final. Quando a saga envolvendo uma ameaça a Molleai se fosse à final foi revelada, ele resolveu não voltar mais ao país e pediu asilo na Alemanha, onde obteve status de refugiado.
Auxiliado durante todo o processo pela Federação Internacional de Judô e seu presidente, Marius Vizer, ele chegou a sinalar que competiria pela Equipe de Refugiados do Comitê Olímpico Internacional quando se viu sem bandeira.
Porém, o presidente da Mongólia ofereceu cidadania de seu país ao judoca em novembro de 2019 e desde então, ele passou a competir pela Mongólia, tendo a mudança de nacionalidade aprovada em março do ano passado pelo Comitê Olímpico Internacional.
Foto: Gabriela Sabau / IJF
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