Em reunião via videoconferência realizada nesta quarta-feira (09), o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, afirmou que a testagem rápida e uma vacina contra o coronavírus não é uma "bala de prata" para a realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio no próximo ano.
"De acordo com nossas informações e pelo contato que temos com os especialistas, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e as companhias farmacêuticas, veremos um grande avanço no que diz respeito aos testes rápidos, o que pode influenciar muito no planejamento", disse o alemão, de acordo com o insidethegames.
"Nós também fomos informados com notícias encorajadoras sobre o desenvolvimento das vacinas. Tudo isso terá um papel e não será uma bala de prata, mas poderão facilitar a organização dos Jogos e, se possível, dos eventos que antecedem os Jogos", completou, se mostrando confiante na descoberta da vacina.
Bach se negou a responder questões a respeito dos detalhes da reorganização do megaevento, argumentando que "a situação está mudando quase todo dia". "A força-tarefa tem que se preparar para diferentes cenários, sem saber qual será a situação do ano que vem. Isto não será fácil, mas, claro, o distanciamento social está sendo considerado", falou.
"Nós também estamos monitorando de perto o desempenho dos testes rápidos e vacinas, porque eles podem ter um efeito e facilitar os preparativos. Mas ainda é cedo para dar uma resposta concreta de como será o cenário e a proposta final. A única coisa que podemos dizer é que se tratará de oferecer um ambiente seguro para todos os participantes".
Vale lembrar que uma força-tarefa com o objetivo de lidar com as medidas preventivas do coronavírus, formada por funcionários do governo japonês, do governo metropolitano de Tóquio e do comitê organizador de Tóquio 2020, foi criada e está visualizando todos os cenários possíveis e tomando as medidas necessárias para permitir que os Jogos aconteçam conforme o planejado.
Restrições de viagens, desinfecção e higienização das instalações, planos para lidar com atletas ou torcedores infectados, campings de treinamento pré-Jogos, regras para transporte público e quarentena na chegada ao Japão, entre outros coisas, estão sendo discutidas e novos detalhes serão anunciados nos próximos meses.
"Eu disse desde o início que essa crise exigirá sacrifícios e compromissos de todos nós. Se precisa de uma quarentena para garantir um ambiente seguro para todos os participantes dos Jogos, então você precisa colocá-los em quarentena. Novamente, é uma responsabilidade de todos e ninguém pode simplesmente olhar para si mesmo e dizer: 'Eu não quero isso'. Você tem que mostrar solidariedade", disse Bach.
Vale lembrar que, no início da semana, o vice-presidente do COI, John Coates, já havia tranquilizado os fãs do esporte ao declarar que os Jogos de Tóquio ocorrerão "com ou sem Covid". A Olimpíada está prevista para ocorrer de 23 de julho a 8 de agosto de 2021. A Paralimpíada deverá ser realizada logo na sequência, de 24 de agosto a 5 de setembro.
Foto de capa: COI/Greg Martin
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